Exclusivo: depois de denúncias, Ministério Público de Goiás investiga Recanto dos Anjos Peludos

Ex-prefeito, ex-primeira-dama e ex-presidente da ALBES são indiciados por irregularidades de servidores, em Goiatuba

O Diário do Estado obteve com exclusividade as informações sobre a investigação que o Ministério Público de Goiás está movendo no Recanto dos Anjos Peludos, administrado pela vereadora de Goiânia Luciula do Recanto.

Agora, o MP de Goiás declarou, em nota ao DE: “informamos que os autos extrajudiciais mencionados tramitam na 14ª Promotoria de Aparecida de Goiânia. Visando apurar a denúncia, registrada de forma anônima, a Promotoria solicitou à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Aparecida e ao Centro de Controle de Zoonoses do município que fizessem vistoria in loco no abrigo, verificando as condições de funcionamento, especialmente em relação à salubridade e higiene”, informou o órgão.

A investigação também apura informações sobre a existência de licenciamento ambiental. Os ofícios foram enviados em 30 de novembro de 2020, com um prazo de 10 dias para a resposta, que não foi obedecido, segundo informa a Assessoria de Comunicação Social do MP. Nesta quinta-feira, 7, com a volta das atividades regulares do Ministério Público, a promotoria reiterou os ofícios, com novo prazo de dez dias. Se não foram respondidos, estão sujeitos a outras medidas legais.

Em nota, a Semma, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Aparecida de Goiânia, informa que recebeu a notificação do Ministério Público e encaminhou os fiscais para averiguar a denúncia na semana que antecedeu o Natal. A secretaria ainda afirmam que já devolveu o relatório ao MP, conforme solicitado.

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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