Reservatório foi construído por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a empresa JVS Rosa, do loteamento Parque Industrial, na gestão do ex-prefeito Misael de Oliveira e colocado em funcionamento no governo do ex-prefeito Divino Lemes.
O que teria causado o desabamento da estrutura na manhã desta quinta-feira, 8, em Senador Canedo foi a falta da Válvula de Regulação de Água, equipamento necessário para o funcionamento da Caixa D’Água Tipo Taça Canela Cheia, como é o caso da que tombou. A denúncia foi feita com exclusividade para o Diário do Estado, por um servidor da Sanesc.
A válvula deveria ter sido colocada entre as duas partes do reservatório e que permitiria que a água fizesse um contra-peso na base da estrutura. Como o peso ficou apenas na parte superior, a estrutura não suportou e tombou destruindo casas e deixando nos escombros de uma delas o jovem Yuri Louredo Guiliani, de 18 anos, internado em estado grave e respirando por aparelhos, conforme último boletim, no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.
De acordo com o servidor, da empresa de saneamento de Senador Canedo, o reservatório não foi inspecionado e foi colocado em funcionamento sem a válvula. “Não quiseram comprar a válvula que o projeto exigia. Por causa de R$ 30 mil aconteceu essa tragédia”, denunciou. O servidor ainda disse que outros dois reservatórios correm o risco de cair: o do Residencial Prado e o da Vila São João.
O atual prefeito da cidade, Fernando Pelozzo esteve no local e informou que a Prefeitura de Senador Canedo está dando todo suporte às famílias envolvidas. Funcionários da Sanesc estavam trabalhando na região para restabelecer o fornecimento de água na região. Cerca de 20 mil famílias ficaram sem água após a queda do reservatório.