O Laboratório Estadual de Saúde Pública do Estado, Dr. Giovanni Cysneiros (LACEN) é responsável pela análise de mais de 200 testes diários do Covid-19. Em entrevista exclusiva, à nossa redação, a Biomédica Geneticista, que coordena os diagnósticos moleculares do laboratório, explicou que atualmente, todos os esforços do LACEN estão voltados para o coronavírus: “o Lacen hoje atende todo o estado. Diariamente analisamos mais de 200 testes do Covid-19, mais especificamente os testes de PCR, que são os feitos via nasofaringe. Estamos preparados para essa pandemia, desde a epidemia da influenza, o H1N1”, explica Thaís.
Por ser um vírus que fica instalado grande parte na parede respiratória, a geneticista afirma que o teste PCR, via coleta nasofaringe, é o mais seguro. Segundo ela dificilmente pode-se ter um falso positivo, “o que pode as vezes acontecer pela PCR, é o falso negativo. Muitas vezes o paciente está no início e não percebe os sintomas da doença. Se na conclusão do exame percebermos que o exame não foi 100 porcento conclusivo, nós repetimos. Importante dizer que a triagem feita antes do teste, também ajuda muito na conclusão”.
Recentemente a Organização Mundial de Saúde (OMS) se contradisse em relação às pessoas “assintomáticas” que possuem o vírus. Após comunicado contraditório, as informações transmitidas foram concertadas e a OMS confirmou de fato que “pessoas contaminadas com o covid-19, assintomáticas, transmitem sim o vírus”. Questionada sobre essa confusão da OMS, Cidália relembrou que há um tempo atrás, houve um surto de Covid-19 no Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) e que o Lacen identificou que os assintomáticos, transmitiram a doença sim.
“sobre a cloroquina, nós não fazemos testes para saber o efeito dela, o que sabemos é que não existe efeito comprovado que o uso da cloroquina cure o covid-19. Outra coisa que precisa ser dita é que o isolamento social é a melhor forma de evitar, e claro cuidar do sistema imunológico. A resposta que vamos ter diante dessa infecção, é a resposta pelo sistema imunológico, portanto alimentação faz diferença sim”, destaca a geneticista sobre os mitos e verdades divulgados, sobre a doença.
Thais Cidália é Biomédica Geneticista do LACEN, Professora Universitária e Pesquisadora, acompanhe aqui a entrevista completa:
https://www.youtube.com/watch?v=4zvBVt4cS9U