O exército israelense está se preparando para realizar a “saída voluntária” dos palestinos da Faixa de Gaza. Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propor a retirada de todos os palestinos da região, o governo de Israel determinou que seu exército elabore um plano para evacuar a área, denominado “saída voluntária”. O ministro da defesa de Israel afirmou ter dado instruções para preparar um plano que permita a saída de qualquer residente de Gaza que deseje, para qualquer país que queira aceitá-los.

Nesta quinta-feira, o ministro da defesa de Israel anunciou que o plano incluirá opções de saída por terra, assim como arranjos especiais para saídas por mar e ar. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, elogiou a proposta de Trump, afirmando que era uma boa ideia que deveria ser perseguida e realizada. Ele ressaltou a importância de reconstruir Gaza e criar um futuro diferente para todos os envolvidos.

A fala de Trump sugerindo a transformação de Gaza em uma “Riviera do Mediterrâneo” e o envio de tropas dos Estados Unidos não convenceu Netanyahu, que descartou a possibilidade de tropas americanas ou financiamento dos EUA para a reconstrução da região. A proposta provocou reações negativas em todo o Oriente Médio e no mundo, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que questionou para onde os palestinos iriam viver e qual seria o país deles.

O conflito em Gaza, que teve início com um ataque do Hamas em outubro de 2023, resultou na morte de 1,2 mil pessoas no primeiro dia da ação e mais de 47 mil nos meses seguintes. O cessar-fogo foi estabelecido em janeiro, mas a situação permanece tensa na região. A proposta de retirada dos palestinos de Gaza gerou polêmica e levantou questões sobre o futuro da região e das pessoas que lá residem. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos dessa proposta.