Exército fará cerco à Rocinha na tarde de hoje

O comandante da 1ª Divisão do Exército, general Mauro Sinott, disse que o Exército chegará na tarde de hoje (23) à comunidade da Rocinha, para fazer o cerco a criminosos. Segundo o general, as Forças Armadas ajudarão também no controle do trânsito das ruas do entorno e no tráfego aéreo sobre o morro da zona sul da cidade do Rio de Janeiro.

“[Vamos atuar] a fim de liberar os contingentes de polícia para ações mais específicas de polícia”, disse o general.

O pedido para que o Exército participasse das operações na Rocinha foi feito pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. A comunidade é alvo de operações diárias da Polícia Militar desde o último domingo (17), quando houve confrontos entre grupos criminosos rivais pelo controle de pontos de venda da comunidade.

Tiroteio

Na manhã de hoje, houve um tiroteio intenso entre policiais e criminosos, que provocou o fechamento da Auto-Estrada Lagoa-Barra, que liga o bairro de São Conrado à Gávea. Cinco escolas e três unidades de educação infantil da prefeitura fecharam as portas, deixando quase 2.500 alunos sem aulas.

Esse é o quinto dia de ocupação da Polícia Militar à favela, que está desde as 5h de sexta-feira na comunidade. No confronto, ninguém ficou ferido, mas por medida de segurança, a Auto-Estrada Lagoa-Barra foi fechada ao tráfego nos dois sentidos, desde as 10h15.

A Avenida Niemeyer que liga o bairro de São Conrado à Barra da Tijuca está com tráfego liberado, mas a Polícia Militar pede aos motoristas que evitem à estrada, porque homens do Batalhão de Choque da PM fazem ação também na Favela do Vidigal, que fica ao lado e também é comandada pela mesma facção criminosa, que controla o tráfico de drogas na Rocinha.

Ainda pela manhã, por volta das 10h, criminosos atacaram à base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na Rua Dois, e um morador ficou ferido e foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea.

Meia hora depois, outro grupo de traficantes atirou uma granada contra policiais que estavam em uma viatura na saída do Túnel Zuzu Angel, sentido Lagoa-São Conrado. O artefato não explodiu e os criminosos fugiram. O Esquadrão Antibombas da Polícia Civil foi acionado e desativou o explosivo. De acordo com os técnicos da Polícia Civil, a granada era de grande poder explosivo.

Devido à ação da polícia na Rocinha, duas clínicas da Família, um centro de saúde, além de Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e um centro assistencial da prefeitura foram fechados, por medida de segurança.

Por volta das 8h, um grupo de menores ateou fogo em um ônibus na subida da Avenida Niemeyer, em São Conrado. As chamas foram controladas sem necessidade do Corpo de Bombeiros.

Policiais também reforçaram o policiamento nos arredores de São Conrado depois de denúncias apontarem conta que menores teriam sido orientados por criminosos a atear fogo em ônibus para desviar a atenção policial ao cerco policial na Rocinha.

A Polícia Militar reforçou o cerco à comunidade em todos os seus acessos. Policiais de outras Unidades de Polícia Pacificadora e do Batalhão de Policiamento em Grande Eventos atuam na região. Um veículo blindado dá apoio aos policiais.

A Região Administrativa da Rocinha foi fechada, devido aos constantes tiroteios, que colocam em risco os funcionários da prefeitura do Rio. O administrador regional, Romeu Cardoso pediu aos servidores que não fossem para o trabalho, por ser impossível abrir o atendimento ao público.

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Brasília: Professor da UnB é investigado por desvio de R$ 65 mil de pesquisas

A Polícia Federal investiga um professor da Universidade de Brasília (UNB) apontado como responsável pelo aluguel de uma mansão utilizando o dinheiro direcionado à pesquisas. Paulo Henrique Souza Bermejo, da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade (Face), é um dos integrantes do esquema ilícito de provável desvio de recursos financiados para projetos pagos pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Operação, que leva o nome de Klopês, foi deflagrada nesta terça-feira (21) para investigar o esquema. São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Minas Gerais. Foram sequestrados bens nos valores de R$2 milhões, expedidos pela 10ª Vara criminal Federal do DF.

Mansão em bairro de classe alta

A mansão alugada se encontra no Lago Sul, bairro de classe alta em Brasília, e, de acordo com anúncios na internet, tem 950m², sete quartos e seis vagas na garagem, além de três andares e um elevador.

O docente teria decorado o imóvel usando verbas destinadas a pesquisas em tecnologia. Ao todo, foram desembolsado R$ 65 mil em persianas e blindex; R$ 19 mil na Apple Store e R$ 15 mil no iPlace.

O esquema que teria financiado o aluguel da casa de alto patrão aconteceu em abril de 2018 a janeiro de 2020.

Senador Romário morou na casa

A residência de luxo também já foi a casa do senador Romário, de 2012 a 2016, antes de usada no suposto esquema. O político e ex-jogador pagava R$ 26 mil mensais de aluguel. Depois, a propriedade ficou desocupada por dois anos até o local ser ocupado por um escritório de advocacia que não tem relação alguma com a investigação.

Além de pagaram o aluguel de luxo em Brasília, os alvos da operação utilizavam o dinheiro para bancar viagens diárias não relacionadas às pesquisas da fundação. Também era transferidos valores das pesquisas para a conta pessoa do coordenador de um dos projetos que realizavam pagamentos em duplicidade a bolsistas financiados.

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