Exército não pune Pazuello por participar de ato político com Bolsonaro

Exército não pune Pazuello por participar de ato político com Bolsonaro

O comando do Exército informou que o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello não será punido pela participação em um evento político com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, no último dia 23.A informação foi dada nesta quinta-feira, 03.

De acordo com a corporação, “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar” por parte de Pazuello. Devido a decisão do comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o processo disciplinar foi arquivado.

O Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das Forças Armadas proíbe a participação de militares da ativa em manifestações políticas. No ato, que gerou o procedimento, Pazuello subiu em um carro de som com Bolsonaro e fez um breve discurso.

Pazuello poderia ser punido desde uma advertência até a prisão. Nos bastidores, Bolsonaro defendeu que o ex-ministro não fosse punido. Além de militar da reserva, o presidente é o comandante em chefe das Forças Armadas, sendo superior hierárquico ao comandante do Exército.

A ação do general foi criticada inclusive por militares. O vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, defendeu a regra que proíbe a participação de militares da ativa em atos políticos para “evitar que a anarquia se instaure dentro” das Forças Armadas.

“Eu já sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro”, disse Mourão a jornalistas no dia seguinte ao ato político.

O ex-ministro da Saúde voltou a ser bem visto no governo depois de seu  depoimento à CPI da Covid, quando foi acusado por senadores de mentir. Depois da participação no ato, sem máscara, Pazuello pode ser chamado para depor novamente à comissão parlamentar no Senado.

 

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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