Exército passa o pano e livra Pazuello

Exército passa o pano e livra Pazuello

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não será punido pela participação em um evento político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, ocorrido no último dia 23. A informação foi publicada pela comanda do Exército nesta quinta-feira (3).

Com a decisão do comandante, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o processo disciplinar foi arquivado. De acordo com a corporação, “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar” por parte de Pazuello.

O Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das Forças Armadas proíbem a participação de militares na ativa em manifestações políticas. A punição de Pazuello poderia ir de advertência a prisão. Bolsonaro chegou a defender o ex-ministro para que ele não fosse punido.

No ato que gerou a abertura do processo, Pazuello chegou a subir em um carro de som com Bolsonaro e fez um breve discurso sendo aplaudido pelos manifestantes. A presença do general foi criticada inclusive por militares. O vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, defendeu a regra que veda a participação de militares em atos políticos para que fosse ”evitado que a anarquia se instaure dentro” das Forças Armadas.

O ex-ministro da Saúde voltou a ser bem visto pelo governo após seu depoimento à CPI da Covid, quando foi acusado de mentir por senadores. Após a participação no ato, sem usar máscara, Pazuello deverá ser chamado para depor novamente à comissão parlamentar no Senado.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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