Exército planeja transferir militares envolvidos em inquérito para Brasília de carro

O Exército está avaliando a possibilidade de transferir os militares “kids pretos” presos do Rio para Brasília de carro, a fim de evitar exposição. A transferência envolve o general da reserva Mário Fernandes e o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, que estão detidos em unidades militares na capital fluminense desde o dia 19 de novembro.

Os militares estão envolvidos em um inquérito que os acusa de tramar a morte de figuras públicas como Lula, Moraes e Alckmin. Na segunda-feira (2/12), o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a transferência dos dois para o Comando Militar do Planalto, em Brasília.

Segundo fontes do Exército, a transferência terrestre ainda está em fase de planejamento. A previsão é que os aproximadamente 1,2 mil quilômetros entre o Rio e Brasília sejam percorridos ao longo de dois dias, com uma pernoite em alguma unidade militar no caminho.

A decisão do Exército envolve a escolha entre transferir os militares em um único carro ou se será necessário utilizar dois veículos separados para a viagem. Os dois militares envolvidos no inquérito do golpe são suspeitos de terem participado de um plano para matar Lula em 2022.

A defesa dos militares já havia solicitado a transferência dos presídios onde estavam detidos. A medida visa evitar a exposição dos envolvidos, considerando a gravidade das acusações contra eles.

Para mais notícias e informação sobre o caso, acesse a coluna do Metrópoles. O Exército está tomando as devidas providências para garantir a segurança e o sigilo da transferência dos militares envolvidos no inquérito.

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Urgência na Câmara: PL revisa BPC e limite do salário mínimo

Avança na Câmara PL de revisão do BPC e limite do salário mínimo

Proposta faz parte do pacote de revisão de gastos públicos apresentado pela equipe econômica do governo Lula

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4/12), a urgência do projeto de lei (PL) que visa otimizar benefícios sociais concedidos pela União para estabilizar a economia. A proposta aprovada por 267 parlamentares compõe o pacote de revisão de despesas públicas. A expectativa do Palácio do Planalto é economizar cerca de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.

O requerimento de urgência foi aprovado com 267 votos favoráveis, sendo que é necessário maioria absoluta dos deputados, equivalente a 257 votos.

Apesar de ter a urgência aprovada na Câmara, o pacote não é unanimidade entre os deputados. Isso acontece porque muitos parlamentares se posicionaram contra a revisão depois da decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para desbloquear as emendas parlamentares.

Dino desbloqueou a execução das emendas parlamentares depois de analisar um projeto de lei complementar (PLP) apresentado pelo Congresso Nacional, mas apresentou ressalvas no texto.

No que se refere ao desapontamento dos parlamentares, a Advocacia-Geral da União apresentou ao ministro Dino um pedido de esclarecimento da decisão. O órgão solicitou que sejam considerados os pontos estabelecidos pelo PLP aprovado no Congresso, a proposta cria novas regras para destinação de emendas.

O projeto de lei abrange novas regras ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Além de limitar o aumento real do salário mínimo até 2030.

“O projeto de lei tem a finalidade de racionalizar despesas públicas primárias, com vistas a aperfeiçoar o orçamento público e ajustar o ritmo de crescimento do gasto obrigatório ao disposto na LC 200/2023 (arcabouço fiscal), que limita o crescimento real da despesa a 70% da variação da receita, sempre entre 0,6% e 2,5%”, defendeu o governo na apresentação da proposta.

O texto, por exemplo, torna obrigatória a inclusão do código da Classificação Internacional de Doenças (CID) nos sistemas informacionais do BPC; e obriga os beneficiários com cadastro desatualizado há mais de 24 meses a regularizar a situação.

Pela proposta o salário mínimo será vinculado aos índices de crescimento real da despesa primária, fixados no arcabouço fiscal. Atualmente, o saldo é reajustado com base na combinação da inflação do ano anterior e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB).

Com a urgência aprovada, o projeto será analisado diretamente no plenário da Câmara, sem necessidade de ser apreciado nas comissões temáticas da Casa.

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