Delegado Maurício Demétrio é exonerado da PCDE por fraude e propina
A exoneração do delegado foi publicada, nesta segunda-feira (13/12), no Diário
Oficial do Estado do Rio de Janeiro
O delegado da Polícia Civil do Rio DE Janeiro Maurício Demétrio foi demitido da corporação 11 meses após decisão judicial que determinava a exoneração dele. A decisão assinada, nessa sexta-feira (13/12), pelo governador Cláudio Castro (PL-RJ), consta no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (16/12). Maurício está preso desde 2021.
Em janeiro deste ano, o juiz Bruno Monteiro Rulière, da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio, determinou que Maurício Demétrio fosse condenado a quase 10 anos de prisão, por obstrução de Justiça, em regime fechado. Na mesma decisão, o magistrado também estabeleceu que o então delegado perdesse a função.
DECISÃO JUDICIAL
– Perda do cargo de delegado e qualquer outra função, com demissão imediata;
– Condenação a 9 anos, 7 meses e 6 dias de prisão em regime fechado;
– Condenação a 52 dias-multa, totalizando R$ 367.120;
– Teve o direito de recorrer em liberdade negado.
OPERAÇÃO CARTA DE CORSO
Maurício Demétrio acabou preso durante a Operação Carta de Corso, acusado de comandar um esquema que exigia propina de lojistas da Rua Teresa, em Petrópolis (RJ), a fim de permitir a venda de roupas falsificadas.
LEIA TAMBÉM
– Guilherme Amado
DELEGADO QUE FOI PRESO SOBRE NOVO CHEFE DA POLÍCIA DO RJ: “É NOSSO”
– Brasil
DELEGADO DO “GABINETE DO CRIME” JOGOU CELULAR FORA AO SER PRESO
– Guilherme Amado
DELEGADO PRESO COLHIA INFORMAÇÕES DE BRAZÃO NA ALERJ, DIZ EX-DEPUTADA
– Paulo Cappelli
TARCÍSIO TIRA CARGO DE DELEGADO PRESO POR LAVAGEM DE DINHEIRO
A prisão do ex-delgado derivou das investigações iniciadas em 2019 com o depoimento de uma lojista de Petrópolis que se recusou a pagar propina de R$ 250 por semana.
Alguns dias após a revolta, a delegacia chefiada por Maurício fez uma operação na loja, e apreendeu mais de 100 peças de roupas.
Demétrio, em janeiro deste ano, foi condenado por obstrução de Justiça, abuso de autoridade, denunciação caluniosa e fraude processual.