Expectativa da “superquarta” gera instabilidade: dólar sobe, IR, guerra e juros no radar

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Na véspera da decisão sobre juro, o dólar subiu, com Imposto de Renda (IR) e guerra no radar. No dia anterior, o dólar teve queda de 0,99% em relação ao real, cotado a R$ 5,68, atingindo o menor valor em 4 meses. O Ibovespa disparou mais uma vez.

Operando em alta na manhã desta terça-feira (18/3), o dólar subia 0,42% e era negociado a R$ 5,71. Com o dólar em queda no dia anterior, a moeda norte-americana acumula perdas de 3,89% no mês e 7,98% no ano.

As expectativas dos investidores estão voltadas para a “superquarta”, com decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Essa expressão é utilizada no mercado financeiro para o dia em que coincidem as divulgações das taxas básicas de juros nos dois países. As decisões serão anunciadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, o BC americano.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, refletindo nos preços. Caso a Selic seja reduzida, o crédito fica mais acessível, incentivando a produção e o consumo.

Na última reunião do Copom, os juros básicos subiram 1 ponto percentual. O mercado financeiro aposta em um novo aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros. Nos Estados Unidos, a expectativa é de que o Fed não mude a taxa de juros na reunião desta semana.

No cenário doméstico, destaque para a proposta de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. O projeto é uma promessa de campanha do presidente e será apresentado aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

No cenário internacional, a ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza é motivo de preocupação para os investidores. Os impactos geopolíticos desse ataque são observados de perto pelos mercados financeiros. Ademais, a política tarifária dos EUA, sobretudo as tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio, também gera incertezas e temores de recessão na economia mundial.

Por fim, a China anunciou um novo pacote de medidas para estimular o consumo doméstico e impulsionar a atividade econômica do país. Essas medidas visam expandir a demanda interna, aumentar a renda e reduzir encargos. O mercado financeiro chinês reagiu positivamente a essas medidas, fechando em alta. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, também encerrou em forte alta, refletindo a euforia dos investidores.

Portanto, os próximos dias serão decisivos para os mercados, com importantes anúncios e decisões a serem tomadas tanto no cenário nacional quanto no internacional. É fundamental acompanhar de perto esses desdobramentos para tomar as melhores decisões de investimento.

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