Explosão em metrô de Londres deixa feridos

Vinte e duas pessoas ficaram feridas em uma explosão dentro um metrô lotado na estação de Parsons Green, em Londres, na manhã nesta sexta-feira (15). De acordo com os serviços de emergência, nenhum paciente corre o risco de morrer.

A estação fica na District line, que leva ao bairro de Wimbledon, onde é realizado o torneio de tênis mais importante do mundo. A polícia trata o incidente como terrorismo.

Não há ainda informações sobre as circunstâncias da explosão, que aconteceu às 8h20 (4h20, no horário de Brasília). Um repórter do jornal “Metro”, de Londres, disse ter visto pessoas com queimaduras no rosto, de acordo com o “The Guardian”. O serviço de resgate levou 18 pessoas para receber atendimento em hospital e outras quatro procuraram cuidados médicos voluntariamente.

As imagens mostram um balde branco em chamas dentro de um saco de supermercado, porém a explosão não prejudicou aparentemente a estrutura do vagão. Segundo as autoridades antiterrorismo, o que explodiu foi um “artefato improvisado”.

A TV Sky News afirmou, citando fontes não identificadas, que o dispositivo utilizado para provocar a explosão não foi totalmente detonado, segundo a Reuters.

Investigação

O comando antiterrorista de Scotland Yard, S0 15, assumiu a liderança na investigação e mobilizou centenas de investigadores. A primeira-ministra britânica, Theresa May, irá se encontrar com o comitê de emergência do governo para discutir o incidente.

“Meus pensamentos estão com os feridos no Parsons Green e os serviços de emergência que estão respondendo bravamente a este incidente terrorista”, afirmou no Twitter.

Natasha Wills, assistente do diretor de operações das ambulâncias disse que a prioridade é avaliar a gravidade e a natureza dos ferimentos. “Mais informações seguirão quando o tivermos”, afirmou.

“Estamos atendendo a um incidente em Parsons Green. A estação foi fechada”, informou a Polícia de Transportes de Londres. Várias ruas no entorno da estação foram bloqueadas. Cães farejadores também foram levados ao local.

As informações são do G1

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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