Exposição Moderada ao Sol no Verão Pode Ajudar a Melhorar Doenças de Pele, Dizem Especialistas

Sol pode ajudar a amenizar doenças de pele no verão, dizem especialistas; saiba como se proteger

Algumas doenças de pele podem melhorar com a exposição moderada ao sol. Dermatologistas comentam sobre os cuidados durante o verão.

1 de 8 Quem tem doenças de pele deve redobrar atenção durante o verão, mas raios solares podem ajudar em alguns casos — Foto: Arquivo pessoal e Vanessa Rodrigues/Jornal A Tribuna (Imagem ilustrativa)

Quem tem doenças de pele deve redobrar atenção durante o verão, mas raios solares podem ajudar em alguns casos — Foto: Arquivo pessoal e Vanessa Rodrigues/Jornal A Tribuna (Imagem ilustrativa)

O protetor solar é indispensável para quem vive no litoral, especialmente no verão. Embora o sol tenha a fama de “vilão”, ele pode trazer benefícios para pessoas que sofrem de certas doenças de pele. No entanto, dermatologistas alertam para a necessidade de cuidados durante a exposição aos raios solares.

O corretor de imóveis André Luiz Mattosinho Nakajima, de 44 anos, teve os primeiros sintomas de psoríase aos 19 anos. A doença crônica não contagiosa resultou em lesões cutâneas avermelhadas que atingiram de 60 a 70% do corpo dele.

> “Hoje em dia eu convivo com a doença, geralmente não deixo à mostra as partes do corpo que são mais fáceis de se esconder. Mas os braços e pernas acabam sempre em evidência”, disse ele.

Segundo a dermatologista Maria Cristina Domingues Fernandes, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), os sintomas da doença podem ser amenizados pela exposição moderada ao sol.

Também dermatologista, Antonio Dargham, membro da SBD e da SBCD, destacou que a dermatite seborreica é outra beneficiada. Os cuidados, porém, não podem ser deixados de lado.

EXPOSIÇÃO MODERADA

Apesar de descobrir a doença aos 19 anos, André entendeu o que era psoríase apenas aos 21. Ele disse ter tentado vários tratamentos, incluindo bastante exposição ao sol, mas as placas continuaram a aparecer. Atualmente, ele aguarda um tratamento à base de imunobiológicos oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Tento sempre manter as lesões hidratadas com creme para amenizar o ressecamento da pele onde fica mais evidente a descamação”, contou André.

De acordo com Dargham, a psoríase é uma doença inflamatória crônica, com comprometimento sistêmico, ou seja, pode afetar além da pele. Segundo ele, também há predisposição genética.

A doença pode se manifestar de várias formas clínicas, mas a mais comum é o surgimento de placas esbranquiçadas que descamam qualquer parte do corpo, incluindo couro cabeludo e unhas. Em imagens enviadas ao DE é possível ver os braços de André tomado por lesões do tipo (confira abaixo).

2 de 8 Corretor de imóveis sofre com lesões por todo o corpo em função de psoríase — Foto: Arquivo pessoal/André Luiz Nakajima

Corretor de imóveis sofre com lesões por todo o corpo em função de psoríase — Foto: Arquivo pessoal/André Luiz Nakajima

Já a dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa, consiste na inflamação de áreas ricas em glândulas sebáceas, como o couro cabeludo, face, dorso e tórax. Os sintomas incluem vermelhidão e descamação das regiões afetadas.

> “Também existe uma predisposição, e piora muito com estresse, bebidas alcoólicas e mudanças bruscas de temperatura ambiente”, explicou Dargham.

Segundo Maria Cristina, os raios ultravioleta (UV) melhoram a regeneração da pele em alguns casos pois têm ação anti-inflamatória e imunomoduladora, aumentando a produção de vitamina D. O uso de protetor, chapéu e até guarda-sol, não deve ser negligenciado.

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