Extorsão sexual: presos suspeitos de golpe de R$ 500 mil em morador de Rio Verde

As Polícias Civis de Goiás e do Rio Grande do Sul cumprem, na manhã desta quinta-feira, 23, 12 medidas cautelares de busca e apreensão nos dois estados. Cinco pessoas foram presas temporariamente, suspeitas de aplicar  golpe de “sex-extorsão” em rede social, ameaçando vítimas. No início deste ano, um homem de 30 anos e morador de Rio Verde, região sudoeste de Goiás, enviou R$ 500 miL aos golpistas.

Segundo as investigações, a vítima de Goiás foi extorquida entre os meses de janeiro e março de 2022. O golpe começou quando, no início do ano, o homem iniciou conversa com uma jovem garota pela Internet. Conforme a polícia, a conversa tinha cunho sexual e, se aproveitando disso, os criminosos fingiram ser o pai da garota e afirmaram que ela era menor de idade.

Ao entrar em contato com o morador de Rio Verde, os suspeitos, que se passaram pelo pai da moça, disseram que as conversas teriam causado constrangimentos a ela. Para aplicar o golpe, os criminosos inventaram que ela precisaria de tratamento psicológicos e teria tentado, inclusive, tirar a própria vida.

Diante disso, os criminosos exigiram da vítima goiana dinheiro para reparar os danos que teriam sido causados à suposta moça. Além disso, se passaram por advogados, delegados de polícia e conselheiros tutelares. Eles entraram em contato com a vítima fingindo ser agente corruptos que aceitariam dinheiro em troca de não punir legalmente o homem de Rio Verde. Eles convenceram a vítima de que ela teria cometido pedofilia.

Criminosos usavam documentos falsos para enganar vítimas. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Operação contra o golpe

As buscas e mandados de prisão são cumpridos na região metropolitana de Porto Alegre, especificamente nas cidades de Novo Hamburgo, Taquara e São Leopoldo, inclusive em presídios da região. Participam da ação 50 policiais civis e, até o momento, três investigados relacionados ao golpe ainda não foram localizados.

Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam com objetivo de identificar novos envolvidos no golpe e também de recuperar o dinheiro roubado, para devolver à vítima. A Operação recebeu o nome de Sem Fronteiras porque as associações criminosas que atuam neste tipo de crime fazem vítimas em diversos estados brasileiros. Os investigados responderão por estelionato e extorsão.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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