Fábrica clandestina de salgados árabes é desmantelada no Rio de Janeiro: falta de higiene e presença de ratos são destaques

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Fechada por falta de higiene, uma fábrica clandestina de salgados árabes foi desmantelada pela polícia nesta quarta-feira, no bairro do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A operação revelou que o estabelecimento vendia cerca de dez mil produtos por dia, entre quibes e esfirras, abastecendo barraquinhas localizadas em diversas regiões da cidade, como Zona Sul, Zona Norte, Zona Oeste e Centro. O delegado Wellington Vieira, da Delegacia do Consumidor (Decon), liderou a ação em conjunto com a 32ªDP (Taquara), que apreendeu aproximadamente uma tonelada de alimentos, incluindo salgados, carne e trigo, e inutilizou os produtos com cloro.

Durante a fiscalização, que contou com o apoio da vigilância sanitária, as autoridades encontraram condições de higiene precárias na fábrica clandestina, com a presença de ratos, baratas e alimentos espalhados pelo chão. Dez pessoas foram levadas para prestar esclarecimentos na Decon, sendo que cinco sírios e um taxista brasileiro foram presos e autuados em flagrante por crime contra a relação de consumo e associação criminosa. O local funcionava em uma casa alugada de dois pavimentos, onde os produtos eram produzidos no térreo em condições inadequadas de higiene, enquanto o andar superior era utilizado como dormitório pelo grupo de sírios.

Segundo o delegado Vieira, a fábrica já havia sido interditada pela vigilância sanitária em 2024 e foi novamente interditada nesta operação. O próximo passo será solicitar ao proprietário do imóvel o cancelamento do contrato de locação com os responsáveis pela fábrica visando evitar a reabertura do estabelecimento. As barraquinhas abastecidas pela fábrica clandestina funcionavam em diversos pontos da cidade, como Cruzada São Sebastião, Leblon, Ipanema, Jardim Oceânico, Praça 15, Avenida Presidente Vargas, Cinelândia, e Praça Saens Pena.

A legalidade dos sírios envolvidos no caso será investigada, com a participação da Polícia Federal e da Embaixada da Síria para verificar suas condições no Brasil. Um intérprete está sendo solicitado devido à dificuldade de comunicação dos detidos em português. Durante a operação, foi constatado um ambiente de produção de alimentos insalubre, com utensílios sujos, mofo nas paredes e sinais de reúso de óleo. Os presos deverão passar por uma audiência de custódia, onde um juiz decidirá sobre a manutenção da prisão ou liberação para responderem em liberdade pelos delitos cometidos.

Portanto, a ação policial contra a fábrica clandestina de salgados reforça a importância da fiscalização e controle de alimentos para garantir a segurança dos consumidores. Além disso, evidencia a necessidade de combate à exploração de mão de obra estrangeira em situação irregular no país. A sociedade deve estar atenta e denunciar práticas ilegais para manter a integridade e qualidade dos produtos consumidos no mercado. O caso serve como alerta para a vigilância sanitária e demais órgãos competentes intensificarem as ações de inspeção e combate à clandestinidade no setor alimentício.

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