Facção criminosa ordena morte de vigilante em Sobral; mulher é presa por dar abrigo à suspeita. Polícia apreende evidências na casa.

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Mulher é presa por dar abrigo a jovem suspeita de participar de execução de vigilante no interior do Ceará

Polícia apreendeu na casa a roupa usada pela suspeita e o celular da vítima.

Paulo Henrique Silva Pinto, de 19 anos, e uma mulher são suspeitos de matarem o vigilante João Victor a mando de uma facção criminosa. — Foto: Reprodução

Uma mulher de 31 anos foi presa nesta terça-feira (2) por suspeita de dar abrigo uma jovem suspeita de envolvimento no homicídio do vigilante João Victor Santos do Nascimento, de 22 anos, executado a tiros no primeiro dia de trabalho em Sobral, no interior do Ceará.

O crime aconteceu no fim da tarde da última segunda-feira (1º), quando a suspeita, que segue foragida, agiu na companhia de Paulo Henrique Silva Pinto, de 19 anos, preso horas depois. Investigações da polícia apontaram que a morte de João Victor foi ordenado pela facção criminosa Comando Vermelho.

Segundo a Polícia Militar, após a prisão de Paulo Henrique, os agentes localizaram uma residência que estaria sendo usada pela comparsa dele.

Na residência, os militares encontraram a roupa que teria sido utilizada no crime e o celular da vítima. A suspeita de homicídio não foi localizada. Já a mulher investigada por dar abrigo para a suspeita de homicídio foi capturada.

A mulher que estava na casa foi encaminhada para a Delegacia 1ª Delegacia de Polícia Civil de Sobral, onde foi autuada em flagrante pelos crimes de favorecimento pessoal, receptação e integrar grupo criminoso.

A polícia segue com as investigações para localizar e capturar a jovem envolvida na morte de João Victor.

Morte de vigilante no 1º dia de trabalho em Sobral foi ordenada por facção criminosa

A suspeita inicial era de que o jovem tivesse sido atacado por reagir a um assalto no local, praticado por um casal. Porém, horas após o crime, a polícia prendeu Paulo Henrique Silva Pinto, de 19 anos, que apresentou uma nova versão sobre o caso.

Conforme o inquérito policial, ao qual a TV Verdes Mares teve acesso, Paulo Henrique afirmou em depoimento que a mulher, cuja identidade não foi revelada, foi até a casa dele e disse que os dois deveriam fazer um “corre” (expressão usada para indicar o cumprimento de uma missão) a mando da facção, para matar João Victor.

Ainda de acordo com a investigação, Paulo Henrique e a comparsa foram até o laboratório, onde a vítima estava trabalhando, invadiram o local e anunciaram um assalto. Durante a ação, o casal obrigou as pessoas presentes a deitarem no chão enquanto recolhia celulares e uma máquina de cartão de crédito.

Após subtrair os pertences, a mulher se aproximou do vigilante e perguntou o nome dele. Quando João Victor se identificou, a suspeita ordenou que o comparsa atirasse. O jovem foi atingido por cerca de cinco disparos e morreu no local.

A polícia ainda não esclareceu o motivo da facção para determinar a morte do vigilante, que completaria 22 anos nesta quarta-feira (2). No dia do crime, ele estava substituindo outro profissional que havia entrado de férias. Familiares negam que o rapaz tivesse inimigos.

“Ele não tinha nenhum inimigo. Tanto é que em todo local de Sobral ele andava, ele trabalhava e não tinha envolvimento com nada. Um menino bom”, disse um tio da vítima.

Paulo Henrique teve a prisão preventiva decretada durante a Audiência de Custódia, realizada nesta terça-feira (2). Ele foi autuado em flagrante por homicídio doloso e por integrar organização criminosa.

O suspeito já tinha antecedentes por tentativa de homicídio doloso, porte ilegal de arma de fogo e receptação. A polícia segue com as investigações para capturar a mulher que também participou do crime.

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