Facebook deve pagar recompensa para usuários que denunciarem usos abusivos de dados

“Quanto maior o impacto e ou o número dos usuários afetados, maior a recompensa”

O Facebook anunciou nesta terça-feira (10), um programa de recompensa que vai pagar a partir de 500 dólares a pessoas que denunciarem usos abusivos dos dados de usuários. A companhia está no meio de um turbilhão provocado após a descoberta que um desenvolvedor conseguiu recolher dados de usuários e repassá-los à Cambridge Analytica, consultoria política que trabalhou nas campanhas de Donald Trump à presidência dos EUA e da saída do Reino Unido da União Europeia.

A rede permite que aplicativos rodem sobre sua plataforma ou usem as credenciais dos usuários no site como forma de login. Com isso, esses serviços acessam dados pessoais dos usuários armazenados pela rede social. Chamado de Data Abuse Bounty, o programa é similar à iniciativa da rede social para recompensar a identificação de falhas de segurança na rede social.

No caso das denúncias de abusos, alguns dos critérios para concessão da recompensa a serem analisados pelo Facebook serão:

– Impacto do abuso;

– Alcance da exposição dos dados;

– Número de afetados (10 mil usuários, pelo menos).

Para a averiguar a veracidade do caso de abuso de dados, deve ser pedido que o denunciante envie algumas provas, como informações capazes de identificar um usuário, como e-mails, ou os nomes e contratos das empresas que tentam vender ou usar os dados em golpes. A investigação pode durar de três a seis meses, diz a empresa.

Recompensa

O pagamento mínimo, caso a denúncia seja confirmada, será de 500 dólares. “Quanto maior o impacto e ou o número dos usuários afetados, maior a recompensa”, diz o Facebook. Os valores pagos por bugs identificados na rede social podem chegar a 40 mil dólares, diz a empresa. Após pagar o responsável pela denúncia, a empresa alertará todos os usuários que tiverem os dados explorados de forma indevida.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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