Facebook e Instagram derrubam live em que Bolsonaro relaciona Aids a vacina

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O Facebook e o Instagram excluíram a live transmitida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última quinta-feira (21). Nela, o político associa a vacinação contra covid-19 ao desenvolvimento do vírus da Aids. A decisão ocorreu na noite desse domingo (24).

Através de uma nota oficial, as redes sociais informaram que o motivo da exclusão dos vídeos foram as políticas da empresa relacionadas à vacina da Covid-19. “Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas.”

Live

Durante sua famosa live semanal, Bolsonaro leu uma suposta notícia onde alerta que ”vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]”

Imediatamente, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) emitiram uma nota rebatendo a afirmação do presidente. Ambas entidades ressaltaram que a associação entre o imunizante contra o coronavírus e a transmissão do HVI, é falsa e inexistente.

As entidades reforçaram ainda que pessoas que têm a doença precisam da vacina, inclusive com a dose de reforço.

Essa é a primeira vez que vídeos da live semanal de Bolsonaro são removidos pela empresa. Até então o Facebook só tinha derrubado um post de Bolsonaro sobre à pandemia: um vídeo de março de 2020 onde ele citava o uso da cloroquina como tratamento para a doença e defendia o fim do isolamento social.

Apesar de o presidente sempre está espalhando mentiras durante suas lives, as demais não foram excluídas pela rede social.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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