Última atualização 07/07/2022 | 10:03
O Facebook foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 10,1 milhões por não coibir à venda ilegal de animais silvestres na plataforma digital. Segundo um auto de infração, traficantes de animais silvestras usaram a rede social para vender ao menos 2.227 espécimes sem a devida licença, incluindo animais ameaçados de estinção como a arara-canindé, além de filhotes de jacaré.
A plataforma teria sido omissa ao não proibir o crime, que vem sendo alertado pelo intituto há pelo menos quatro anos. Mesmo sendo proibido por lei e pela própria politica do Facebook desde 2018, o comércio ocorre livremente na rede social.
Estudo
Um estudo feito pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) em parceria com a Nortrhumbria Universaty, do Reino Unido, indica que dezenas de milhões de animais selvagens são comercializados por ano no Brasil. A venda ilegal explodiu com o avanço da tecnologia, que criou redes internacionais de contatos.
Na Internet, a maioria dos ‘produtos’ é composta por répteis e aves, segundo a Renctas. São colocados à venda: cobras, tartarugas, papagaios, macacos, iguanas e até mesmo filhotes de jacarés, dentre outros animais.
A quantidade de anúncios é tão grande no Facebook que se mostrou inviável o Ibama multar todas as pessoas que publicam na plataforma. Por isso, o Facebook foi o alvo da ação. Incluindo o WhatsApp, a Renctas estima que cerca de 10 milhões de mensagens são trocadas por dia em redes sociais sobre tráfico de animais silvestres.