Fachin arquiva investigação sobre líder do governo na Câmara

O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento de investigação sobre o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE) e de três deputados federais: Aníbal Gomes (MDB-CE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Altineu Côrtes (PP-RJ).

A investigação era sobre suposta atuação dos políticos para pressionar o grupo Schahin na CPI da Petrobras, a fim de atender interesses do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

O caso foi um desdobramento do inquérito que apura se o MDB formou uma organização criminosa para fraudar a Petrobras e outras estatais. Os quatro chegaram a ser investigados no inquérito sobre o chamado “quadrilhão” do MDB, mas ficaram de fora de denúncia apresentada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusou, entre outros investigados, o presidente Michel Temer.

Ao reanalisar os casos, a Procuradoria Geral da República não viu indícios de que tenham cometido o crime de organização criminosa. Primeiro pediu o arquivamento do caso contra Altineu Côrtes e André Moura, afirmando não haver elementos que justificassem a continuidade da apuração e nem provas para apresentação de acusação criminal. Logo depois também pediu arquivamento sobre Arnaldo Faria de Sá e Aníbal Fomes.

Para o ministro, a Procuradoria não viu “justa causa” para prosseguir com a apuração.

“O pronunciamento da titular da ação penal é no sentido da inexistência de justa causa para continuidade dos atos de persecução criminal em desfavor dos ora requeridos, pois não se logrou associá-los à estrutura da organização criminosa que, em tese, teria atuado no âmbito da Câmara dos Deputados”, afirmou.

Fachin ressaltou que a investigação poderá ser reaberta caso surjam novas evidências.

  • Informações do G1

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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