Faixa de Gaza recebe ajuda humanitária pela 1ª vez desde o começo da guerra

Ajuda humanitária chega à Faixa de Gaza pela 1ª vez desde o começo da guerra

Vinte caminhões contendo água, alimentos e remédios, e centenas de voluntários chegaram na Faixa de Gaza na manhã deste sábado, 21. Essa é a primeira vez que o território recebe ajuda humanitária desde que os ataques terroristas de Hamas atingiram Israel e um conflito entre os países foi iniciado em 7 de outubro.

Os 20 caminhões chegaram à Faixa do Gaza após um acordo negociado entre Estados Unidos, Israel e Egito. A ajuda humanitária atravessou a fronteira de Rafah, no sul palestino com Egito, e foi recebida por entidades que atuam na região como Organização das Nações Unidas (ONU) e os Médicos Sem Fronteiras. Segundo as instituições, a chegada dos insumos é um avanço, mas é insuficiente para amenizar a crise humanitária que afeta o território palestino.

De acordo com a BBC, além dos insumos para consumo, uma das preocupações das entidades presentes no território é a falta de combustíveis em hospitais. Isso afeta a manutenção de alas como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e necrotérios, bem como de outros aparelhos vitais.

Segundo a Agência da ONU para refugiados, a Acnur, o governo de Israel vetou a entrada de combustível devido ao temor de que o insumo fosse desviado pelo Hamas. O secretário de Estado Americano, Anthony Blinken, alertou ao grupo terrorista para que não desviasse a carga de ajuda humanitária sob pena de que ela seja suspensa. “Pedimos a todas as partes que mantenham a passagem de Rafah aberta para permitir o movimento contínuo de ajuda que é imperativo para o bem-estar do povo de Gaza”, disse ele. “Fomos claros: o Hamas não deve interferir na prestação desta assistência que salva vidas.”, concluiu.

As próximas remessas de ajuda devem chegar em Gaza após uma inspeção conjunta entre israelenses, egípcios e organizados da ONU. Até o momento, não há previsão para entrada de combustível no território palestino.

Faixa de Gaza está sob controle de Israel desde 7 de outubro, após Hamas atacar o país e instaurar uma guerra civil entre os israelenses e os palestinos. Dentro de Gaza, mais de 4.100 palestinos foram mortos durante bombardeios feitos por Israel e outros 2,3 milhões, metade fugidos de suas residências, estão racionando alimentos e bebendo água suja. Segundo a Acnur, foram entregues 44 mil garrafas de água que devem durar pouco diante da alta demanda.

Abertura da fronteira

Abertura da fronteira de Rafah ocorreu horas depois que o Hamas libertou uma mulher americana e sua filha adolescente, feitas de refém junto com outras 200 pessoas. Judith Raanan e sua filha Natalia, de 17 anos, foram liberadas devido a um acordo humanitário entre o Catar e os terroristas.

As duas moram em um subúrbio de Chicago e estavam em Israel para comemorar as festividades judaicas ao lado da família. Elas estavam no kibutz de Nahal Oz, perto de Gaza, quando Hamas e outros terroristas invadiram as cidades do sul de Israel.

Israel x Hamas

O conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas começou no dia 7 de outubro, após um ataque do Hamas na fronteira da Faixa de Gaza, quando lançou 5 mil foguetes. No mesmo dia, o governo israelense lançou bombas em direção à Faixa de Gaza atingindo civis palestinos. Até o momento, há mais de 4,4 mil pessoas mortas, 1,4 mil israelenses e 3 mil palestinos.

Entre os mortos há pessoas de diversas nacionalidades: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Tailândia, Nepal, Camboja e Paraguai. Entre as pessoas mortas, algumas tinham também nacionalidade israelense. Juntos, esses países têm 51 pessoas entre os assassinados no conflito.

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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