Última atualização 18/11/2022 | 15:33
Em 1º de janeiro, o presidente eleito Lula deve receber a faixa presidencial de uma mulher do povo. Com a previsão de viagem de Bolsonaro para o exterior e a negativa do vice Hamilton Mourão em assumir a tarefa, a equipe de transição que coordena o ato protocolar promete inovar ao resolver a questão.
A futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, quer uma cerimônia simbólica. A ideia é escolher uma mulher negra ou indígena para fazer a “passagem” de gestão, além de incluir a cadela adotada pelo casal batizada como “Resistência” no momento em que Lula subirá a rampa em direção ao Palácio do Planalto. Os nomes das candidatas ainda foram definidos.
O gesto não é imprescindível para a posse já que a Constituição prevê a formalização da transmissão do cargo com o juramento à Carta Magna no Congresso Nacional. O rito tem diversas cerimônias que começam com um desfile de Rolls Royce Presidencial da Catedral de Brasília até a sede das duas Casa onde se compromete a “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”.
Jair Bolsonaro está sumido de compromissos públicos oficiais há mais de duas semanas, desde a divulgação do resultado em segundo turno. Nesta semana, Mourão afirmou que o atual presidente da República foi diagnosticado com erisipela.
A doença é causada por uma bactéria que entra por corte ou ferida na pele e se manifesta por meio de mancha vermelha, brilhante, saliente e dolorosa, de acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento. A pele e os gânglios linfáticos próximos são afetados pela enfermidade.
Oficial
De acordo com Mourão, a recusa em passar a faixa presidencial é por ele não ser ocupante do cargo que faz jus ao protocolo e defende que Bolsonaro o faça. “Se o presidente, vamos dizer assim, ele não vai querer passar a faixa, não adianta ele dizer que eu vou passar. Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é pra dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, pô, qualquer um pode ir ali e entregar”, disse.