Falece Dona Lecy, fundadora da Juventude Imperial de Juiz de Fora: Velório e sepultamento nesta terça-feira. Seu legado é celebrado pela comunidade.

No dia 9 de fevereiro, foi anunciado o falecimento de Dona Francisca, mais conhecida como Lecy do Samba. Aos 78 anos, a carnavalesca e uma das fundadoras da escola de samba Juventude Imperial, situada em Juiz de Fora, nos deixou. Além disso, Lecy do Samba é mãe da cantora Sandra Portella. De acordo com a família, ela não resistiu às complicações decorrentes de um AVC.

A Juventude Imperial, através de suas redes sociais, expressou seu pesar diante da perda de Dona Lecy. Em nota, a agremiação ressaltou a importância da sambista não apenas como destaque na escola, mas também como líder comunitária e referência cultural no Bairro Furtado de Menezes. Seu legado de resistência e sua presença marcante na comunidade foram enaltecidos: “Sua liderança ia muito além dos holofotes… Seu Samba de quadra está eternizado em nosso coração.”

A Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) também prestou homenagens a Lecy do Samba, destacando seu amor incondicional pela música e sua influência positiva sobre diversas gerações de sambistas. A sambista era reconhecida não apenas por sua voz e talento, mas também pela força e energia que mobilizava em prol da Juventude Imperial. Seu sorriso iluminava qualquer ambiente por onde passava.

O velório de Dona Lecy está marcado para ocorrer nesta terça-feira, das 9h às 15h, na quadra da Juventude Imperial, no Bairro Furtado de Menezes. O sepultamento será realizado às 16h, no Cemitério Municipal da cidade. A perda de Lecy do Samba é sentida não apenas como o falecimento de uma baluarte do samba, mas também como a partida de uma amiga, mentora e exemplo de mulher e sambista para a comunidade juiz-forana.

Sua presença, sua voz e seu legado permanecerão vivos nos corações de todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la e de conviver com a sua paixão pelo samba. Dona Lecy deixa um legado de amor e dedicação à cultura carnavalesca em Juiz de Fora, que será lembrado e celebrado por muitos anos. Que ela descanse em paz, e que sua luz continue a brilhar em cada nota musical entoada pela Juventude Imperial. O Diário do Estado presta suas condolências à família e amigos nesse momento de luto e saudade. Clique aqui para mais notícias da região.

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Deslizamento em Ipatinga: Vítima denuncia falta de ação da Defesa Civil. Tragédia poderia ter sido evitada. Ação urgente!

A Defesa Civil já sabia do risco. Isso poderia ter sido evitado’ diz parente de cinco vítimas do deslizamento em Ipatinga

Maria Aparecida da Silva Lopes enfrentou uma tragédia devastadora ao perder a mãe, duas irmãs, a cunhada e a sobrinha de apenas 8 anos em um deslizamento de terra que ocorreu no bairro Bethânia. A dor da perda e a revolta diante da falta de providências são sentimentos que permeiam a narrativa dessa família que viu sua vida ser abalada por um acontecimento trágico.

A madrugada de domingo trouxe consigo um desastre provocado pelas fortes chuvas que assolaram a região do Vale do Aço, no Leste de Minas Gerais, resultando no deslizamento de terra que atingiu a residência onde sete pessoas se encontravam, deixando apenas dois adolescentes com vida. Entre as vítimas, estavam a mãe, duas irmãs, a cunhada e a sobrinha de Maria Aparecida da Silva Lopes, que carrega consigo a dor de uma perda irreparável.

Em meio ao caos e à devastação, Maria Aparecida expressa sua indignação, questionando a inação dos responsáveis diante do risco já conhecido. Com um misto de tristeza e revolta, ela declara: “A Defesa Civil já sabia do risco, mediram o terreno e prometeram fazer um muro de arrimo. Nada foi feito. Agora, são cinco mortes. Isso poderia ter sido evitado”. As palavras da catástrofe ecoam na voz daqueles que sofreram suas consequências.

No momento do deslizamento, Maria Aparecida não estava presente em sua residência. Foi informada do ocorrido por seu irmão, que presenciou a tragédia às 2 horas da manhã. Diante da dor da perda, ela reflete sobre os desígnios superiores que regem a vida: “Minha filha me chamou para sair com ela ontem, eu falei que não queria ir, mas Deus, né? Deus sabe de todas as coisas. […] Eu fiquei sabendo através do meu irmão o que tinha acontecido, só que já não havia mais nada a fazer.”

O registro oficial aponta nove mortes por soterramento em Ipatinga e uma morte em Santana do Paraíso, além de uma pessoa desaparecida. A devastação causada pelas fortes chuvas deixaram um rastro de destruição por toda região afetada. Comerciantes no bairro Canaã lutam para lidar com as consequências do temporal, enquanto imagens revelam a extensão dos danos em locais como Bairro Bom Jardim e Bairro Águas Claras.

O momento é de solidariedade e mobilização em busca de apoio para as vítimas e famílias afetadas pelo desastre natural. A comoção diante da tragédia ecoa por toda a região, reforçando a importância da prevenção e do amparo às comunidades atingidas. A cidade de Ipatinga e seus moradores enfrentam um período de luto e reconstrução, contando com a união e a solidariedade de todos para superar esse momento de dor e desolação.

A atenção às áreas de risco, o investimento em medidas preventivas e o suporte às famílias afetadas são aspectos cruciais para evitar novas tragédias e promover a segurança e o bem-estar das comunidades. O relato de Maria Aparecida da Silva Lopes é um alerta para a importância da ação efetiva diante dos alertas da natureza, evitando que vidas sejam perdidas e famílias sejam despedaçadas pela negligência e pela falta de cuidado com o próximo.

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