Falsa enfermeira Luana Nadejda Jaime: ex-Miss Goiás procurada pela Interpol por causar impotência em pacientes

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Ex-miss Goiás e falsa enfermeira: saiba quem é a mulher procurada pela Interpol
suspeita de deixar homem impotente com procedimento

Luana Nadejda Jaime é procurada pela polícia após quatro denúncias de lesão corporal, em DE — Foto: Reprodução/Redes sociais

A falsa enfermeira Luana Nadejda Jaime, de 45 anos, que está sendo investigada por quatro denúncias de lesão corporal, também é conhecida por participar de concursos de Miss em DE e até em eventos internacionais. Um dos pacientes da mulher ficou impotente após realizar um preenchimento íntimo em DE, em Goiânia. Atualmente, Luana é considerada foragida e é procurada pela Interpol, informou a polícia.

Ao DE, Fernando Ferreira, coordenador do Miss DE há 26 anos, afirmou que ela participava de concursos paralelos, fora da franquia principal. Em 2024, após vencer a etapa estadual, Luana foi coroada como Miss Brasil Celebrity Continente Del Mundo e embarcou para Arequipa, no Peru, para representar o país. Em outubro, ela venceu a competição internacional.

Além disso, a suspeita era considerada presença VIP em concursos de Miss e gravava vídeos para convidar outras mulheres. Com vestidos glamourosos, faixa de Miss e coroada, ela promovia a sua participação nos eventos. “A minha bandeira é igualdade social e igualdade de gênero. E quero representar muito bem a beleza brasileira”, disse a ex-Miss, em vídeo publicado nas redes sociais.

Segundo a Polícia Civil, a suspeita se apresentava como enfermeira e atuava no Studio Estética Luana Jaime, em Goiânia. Em 2024, os agentes realizaram buscas no local e encontraram diversas fotos de preenchimentos íntimos em celulares, que foram apreendidos, além de reclamações de pacientes.

As autoridades constataram que Luana falsificou o diploma de enfermagem. Ao DE, o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren) confirmou que ela não possui registro profissional. “Cabe agora às autoridades o cumprimento da justiça e o andamento do processo conforme a legalidade”, destacou.

Em nota, a defesa de Luana Jaime disse que ela nunca esteve foragida, pois viajou dois dias antes da prisão preventiva ser decretada, no dia 10 de dezembro de 2024. A defesa pontuou ainda que irá pedir a revogação do mandado de prisão, que será apresentada nos atos processuais.

Luana Nadejda Jaime viajou para fora do Brasil para participação de um concurso internacional como Miss — Foto: Reprodução/Redes sociais

INVESTIGAÇÃO

Por meio da Operação Beleza sem BO, a Polícia Civil de Goiás, decretou a prisão preventina de Maria Silvânia Ribeiro da Silva, de 39 anos. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Débora Melo, as investigações começaram a partir da internação de uma paciente, que havia sido submetida a um procedimento de glúteo, na clínica Lunar Espaço de Estética Corporal, em Aparecida de Goiânia, em dezembro de 2023.

Após tomarem conhecimento do caso, os policiais e a Vigilância Sanitária de Aparecida de Goiânia foram até a clínica e encontraram irregularidades. Na delegacia, a suspeita declarou que havia feito biomedicina on-line e uma pós-graduação com Luana Nadejda Jaime. A partir disso, uma investigação foi iniciada contra Luana.

Em 2024, as duas clínicas foram interditadas, mas as mulheres continuaram oferecendo serviços nas redes sociais. Segundo a polícia, as duas falsificaram os diplomas.

No final de 2024, um homem que teve complicações após realizar um preenchimento no órgão genital na clínica de Luana denunciou o caso. Ele alegou ter perdido a funcionalidade do membro.

Após a prisão de Silvânia, a polícia procura por Luana. “Ela está foragida. O mandado de prisão está com a Interpol e temos notícias de que ela está na Europa, mas onde especificamente nós não sabemos”, afirmou a delegada.

OUTRO CASO

Em 2014, Luana Nadejda Jaime foi absolvida da acusação de ter matado a amiga, Gilvânia Lima de Oliveira, em Anápolis, no dia 3 de dezembro de 2000, segundo Ministério Público de Goiás (MPGO). A decisão foi da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).

De acordo com o Ministério Público, o caso já foi arquivado pela Justiça. O órgão afirmou ter ido até a última instância recursal, junto ao Supremo Tribunal Federal, em 2015, mas o pedido para reverter a decisão de absolvição não foi atendido.

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