Falsa esteticista é investigada por deformar o rosto de ao menos sete pessoas

karina

Pacientes com rostos deformados denunciaram uma falsa esteticista que realizou procedimentos estéticos nos rostos deles. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), Karina Jéssica Souza, de 34 anos, não possui formação profissional na área e usava documento adulterado que a habilitou como graduada em estética.

A polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na casa da suspeita, além de quatro clínicas onde ela fazia atendimentos. Conforme relatado pelo delegado responsável pelo caso, Wellington Ramos, pelo menos sete pacientes relataram complicações, como inchaços, edemas, perdas de sensibilidade, deformação temporária e dor. 

Ainda de acordo com o delegado, Karina só possui formação de ensino médico. Além de não ter nenhum curso superior, ela adulterou, falsificou e usou um documento falso que a habilitou como graduada e pós graduada em estética. 

As vítimas relataram à corporação que após os procedimentos, a falsa esteticista prescrevia medicações de uso controlado. Dentre as cirurgias realizadas pela mulher estão preenchimento labial, bigode chinês e olheiras, todas no rosto.

A polícia cumpriu os mandados de busca e apreensão “para reprimir esse tipo de atividade” e verificar se os estabelecimentos tinham as documentações legais e os alvarás de funcionamento, e interditou duas clínicas. Além disso, os policiais verificaram se os demais profissionais das unidades tinham as devidas habilitações.

Os estabelecimentos eram sublocados por Karina para que ela pudesse atuar na área, mas a suspeita não era responsável pelos locais, que não tiveram os nomes divulgados. Ela é investigada por exercício ilegal da medicina, exercício ilegal de profissão, lesão corporal e uso de documento falso. 

A suspeita ainda não foi presa por se tratar de uma fase inicial da investigação. O delegado divulgou a imagem da investigada com o objetivo de identificar novas vítimas. 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp