Falsa psicóloga é indiciada por estelionato contra crianças e adolescentes no RS; prejuízo chega a R$ 48 mil
Uma investigação policial resultou no indiciamento de uma mulher suspeita de praticar estelionato contra crianças e adolescentes no Rio Grande do Sul. Segundo as autoridades, a acusada cobrava R$ 130 por consulta e atendia pacientes neurodivergentes, mesmo sem possuir formação na área e utilizando o registro de outra profissional.
O número de possíveis vítimas da falsa psicóloga em Porto Alegre tem aumentado, segundo as informações divulgadas. A Polícia Civil concluiu um novo inquérito que apontou que a acusada atuava clinicamente não apenas na capital, mas também em Guaíba e Canoas. O prejuízo causado pelo golpe chega a impressionantes R$ 48 mil.
A suspeita, que não teve seu nome revelado pelas autoridades, fingia ser psicóloga e realizava atendimentos em diversas cidades da região, sem possuir qualquer tipo de qualificação. Ao longo de pelo menos três anos, ela teria arrecadado valores consideráveis pela prestação de serviços fraudulentos no valor de R$ 130 por sessão.
Utilizando de maneira ilegal o registro de uma psicóloga legítima em Ivoti, a fraudadora enganava seus pacientes, apresentando-se como especialista no tratamento de crianças e adolescentes com neurodivergências. Tal postura é bastante preocupante diante das condições delicadas dos pacientes afetados por essas condições.
O inquérito conduzido pela 3ª Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente resultou no indiciamento da suspeita por estelionato majorado, dada a vulnerabilidade das vítimas envolvidas. Mesmo diante das evidências apresentadas, a acusada optou por permanecer em silêncio durante interrogatório policial.
A mulher já responde a processos anteriores por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica, reforçando o padrão de conduta criminosa por parte da acusada. Com um número crescente de possíveis vítimas, estima-se que mais de 80 pessoas tenham sido prejudicadas pelo esquema fraudulento, a maioria delas crianças e adolescentes.
O processo em andamento tramita em segredo de justiça, considerando a sensibilidade dos dados envolvidos e a preservação da integridade das vítimas. A defesa da indiciada emitiu nota ressaltando a estranheza diante das divergências entre os processos e afirmou estar em busca de acesso aos autos para uma melhor compreensão dos fatos.