Falso médico procurado por homicídios de pacientes já foi condenado por carregar distintivo da Polícia Civil, algemas e munição
Em 2009, PM encontrou insígnia policial, par de algemas, 23 munições de pistola, dois carregadores e revólver de pressão com Fernando Henrique. Em 2011, ele passou a atuar ilegalmente como médico e se tornou réu por duas mortes. Em 2025, forjou a própria morte.
1 de 1 Fernando Henrique Dardis trabalhou como falso médico em hospital e também é suspeito de forjar a própria morte e sepultamento; Justiça decretou sua prisão e ele é procurado — Foto: Reprodução/TV Globo
Fernando Henrique Dardis trabalhou como falso médico em hospital e também é suspeito de forjar a própria morte e sepultamento; Justiça decretou sua prisão e ele é procurado — Foto: Reprodução/TV Globo
Fernando Henrique Dardis, o falso médico que está foragido e é procurado sob a acusação de ter matado duas pacientes e ainda ser suspeito de forjar a própria morte e o seu sepultamento, já foi condenado pela Justiça do estado de São Paulo por carregar um distintivo da Polícia Civil, algemas e munição.
O Fantástico revelou no domingo (22) alguns dos casos e as acusações que envolvem Fernando Henrique. Até 2019, ele usava o sobrenome Guerreiro, mas depois conseguiu autorização para assinar Dardis, que herdou do pai biológico.
Foi como Fernando Henrique Guerreiro que, anos antes, em 2009, ele foi abordado e flagrado pela Polícia Militar (PM) em Guarulhos, na região metropolitana, transportando material bélico de uso restrito. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele para comentar esse caso.
Naquela ocasião, os agentes encontraram uma mochila no porta-malas do carro dele, com uma insígnia policial, um par de algemas, 23 munições de pistola calibre 380 milímetros, dois carregadores, um revólver de pressão e “chumbinhos” (projéteis geralmente feitos de chumbo projetados para serem disparados por arma de ar comprimido ou mola).
Ao ser questionado, Fernando alegou que havia encontrado a mochila com os itens e que a entregaria numa delegacia de Guarulhos.DP), por orientação de um policial civil.
Um policial militar à paisana, amigo de Fernando, e que estava com ele no automóvel, foi ouvido como testemunha e disse desconhecer o que era transportado.
O Ministério Público (MP) suspeitou da versão dada por Fernando, que ao invés de ir ao DP tinha ido antes com amigos a uma casa noturna e numa comunidade. Diante disso, a Promotoria o denunciou por porte ilegal de armamento, que pune quem porta, detém e ou adquire material como munição de uso permitido, mas sem autorização e em desacordo com a lei.
Em 2012, a Justiça condenou Fernando a dois anos de reclusão em regime aberto pelo crime. A pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e proibição dele sair aos finais de semana durante o tempo pelo qual foi condenado.