Um indivíduo fingindo ser piloto da Gol, utilizando uniforme da companhia e crachá, tentou acessar a cabine de comando de um voo da Azul, sendo impedido pelos comissários da empresa. A situação ocorreu durante o voo AD6035, entre Porto Alegre e Congonhas, em 24 de fevereiro. Os comissários desconfiaram do homem que se passava por comandante da Gol e agiram de forma preventiva, seguindo os protocolos de segurança da empresa, que posteriormente relatou o caso às autoridades.

O acesso à cabine de comando de uma aeronave em pleno voo é restrito e controlado por questões de segurança. Somente pilotos têm permissão para sair da cabine em casos específicos, como ir ao banheiro, e os comissários podem ingressar apenas para levar refeições à tripulação. Passageiros não têm autorização para acessar a cabine durante o voo. Essa regulamentação tornou-se mais rígida após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, onde a invasão das cabines utilizou aviões comerciais.

O homem que se apresentou como piloto da Gol não teve seu nome divulgado pela empresa aérea, mas foi descrito como utilizando o uniforme de comandante da Gol, com quatro listras nos ombros, além de um cordão de crachá. Ele portava um Certificado de Habilitação Técnica (CHT), emitido pela Anac, mas não o crachá da companhia. Durante o voo, o falso piloto tentou se passar por um comandante recém-promovido da Gol, com sete anos de experiência na companhia, levantando suspeitas entre os comissários da Azul pela inconsistência em suas declarações.

A suspeita de que o indivíduo não era um piloto da Gol foi confirmada antes do pouso, durante uma verificação da cabine, quando foi constatado que ele embarcara com um bilhete regular, o que não condizia com os procedimentos dos tripulantes. A Azul ressaltou que a situação foi imediatamente reportada às autoridades competentes, e que a tripulação agiu de acordo com os protocolos e medidas de segurança da empresa. A Gol também comunicou o caso internamente para alertar a equipe e reforçar o compromisso com a segurança, valor fundamental da companhia.

Diante do ocorrido, a companhia aérea ressaltou a importância de seguir as normas de segurança estabelecidas, garantindo a integridade e proteção de todos os passageiros e tripulantes. Tanto a Azul quanto a Gol emitiram comunicados oficiais esclarecendo a situação e demonstrando comprometimento com a segurança operacional em seus voos. A investigação está em andamento para apurar os detalhes do incidente e as medidas necessárias que devem ser tomadas para evitar situações semelhantes no futuro.