Mãe denuncia falta de adaptação em escola de Limeira para receber filho com autismo
Desde o início do ano letivo, a criança tem acesso a poucas horas de aula por dia. Justificativa da escola, segundo a mãe, é que não há monitores e estrutura para atendimento.
Mãe de criança autista relata impasse para filho frequentar escola integral, em Limeira
Taiza Cavinatto, mãe do menino Arthur de Oliveira de 6 anos, expôs as dificuldades enfrentadas pelo filho, que tem transtorno do espectro autista (TEA) e está sem acesso às aulas em tempo integral em uma escola municipal de Limeira (SP). A justificativa da escola, segundo a mãe, é que não há monitores e estrutura para atendimento do aluno com TEA.
Arthur tem autismo de grau 2 e é uma pessoa não verbal. Desde o início do ano letivo, a criança tem acesso a poucas horas de aula por dia, durante a tarde.
Segundo Taísa, o menino frequentou o período integral desde o berçário. Porém, ao ingressar no 1º ano do ensino fundamental, a escola municipal restringiu a frequência da criança.
“A escola não quis aceitar que ele ficasse período integral, justificando que era por falta de funcionário ou que ele não estava apto a frequentar a escola”, informa a mãe à EPTV, afiliada da TV Globo.
O laudo médico assinado por uma neurologista apontou a necessidade de adaptações pedagógicas e acompanhamento constante com mediadores especializados para garantir o desenvolvimento do estudante. A mãe afirmou que a rotina parcial causa frustração e prejudica a evolução do filho.
“É muito estressante para ele. Ele fica cansado porque ele precisa de uma rotina”, informa.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A Secretaria de Educação de Limeira informou à EPTV, afiliada da TV Globo, que, após análise técnica, decidiu que o aluno iniciará ensino fundamental em meio período, com progressão gradual para o turno integral, respeitando o tempo da criança e evitando sobrecargas.
A pasta destacou, ainda, a convocação de novos servidores, incluindo monitores, e o incentivo para que a família mantenha acompanhamento terapêutico pela rede de saúde.
A prefeitura afirmou que houve faltas pontuais de profissionais na escola mencionada por questões médicas e destacou que a responsabilidade, nesses casos, é dos professores da classe comum e da educação especial, que não estão em falta.