Falta de fiscalização de emendas parlamentares é um problema

emendas

Neste ano, o governo federal liberou uma série de emendas para os deputados, entre elas, a autorização de R$ 5,25 bilhões das chamadas “emendas pix”.

Esse dispositivo de liberação de recursos ainda não demonstra transparência por falta de informações em quais atividades os valores serão empregados.

Pela falta de clareza para onde ao certo o dinheiro do recurso é investido, parlamentares têm usado e abusado das emendas, que subiu de R$ 621 milhões, em 2020, para R$ 7 bilhões em 2023, após o fim do orçamento secreto.

A “emenda pix” é usada por 86% dos deputados e senadores. Os parlamentares indicam para quais projetos vão os recursos, mas o dinheiro pode ser gasto por prefeitos e governadores da forma que acharem melhor.

A falta de transparência já foi alvo de denúncias no passado ao indicar prática de vendas de emendas. Em 2021 foi denunciado pelo então ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU) de “vários casos” envolvendo parlamentares.

Ainda falta definir como fiscalizar esses mecanismos de emenda.

O Ministério da Economia chegou a lançar uma plataforma na qual os prefeitos pudessem relatar o que foi feito com o dinheiro. Porém, essa informação é opcional, o que dificulta o controle. Com isso, o que se vê, é o dinheiro concentrado em redutos eleitorais, sem critério de distribuição, sem equilíbrio entre municípios e privilegiando parentes.

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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