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Falta de informação e conhecimento levam brasileiros a se endividarem

As mulheres, são gestoras do orçamento familiar

Em tempos de crise, saber lidar com o dinheiro é algo fundamental, a educação financeira é um assunto novo para os brasileiros, mas que  já dever ser trabalhado a nível escolar e familiar pela população. Em 2017 o percentual de famílias endividadas chegou a 62,2%, os dados foram registrados em dezembro pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a psicóloga Angélica Rodrigues, essa educação é um processo que passa por etapas, onde a pessoa aprende a gerar, investir e manejar corretamente o dinheiro.

O grande nível de endividamento da população acontece pela falta de conhecimento adequado e informação e também por falta de estrutura familiar, como explica Angélica “outra parte é por falta mesmo desse modelo que nós não temos, de prosperidade de famílias conseguindo se reerguer, temos alguns, mas podemos ter mais. Isso é algo urgente em que o governo precisa se preocupar mais, as famílias também e a sociedade como um todo”.

A psicóloga estará em Goiânia, nesta quarta-feira (28) para ministrar uma palestra com a temática:  “Mulheres, dinheiro e prazer: uma combinação explosiva de energia e riqueza”, com entrada franca, às 19h30 no auditório da Organização das Cooperativas do Brasil no Estado de Goiás (OCB). A intenção é levar esse assunto para que mulheres entendam que são capazes e inteligentes de gerar o orçamento familiar ou independente. “Nós mulheres ainda carregamos um grande tabu de que dinheiro é algo do mundo masculino, que mulheres não entendem nada sobre números, precisamos quebrar esses paradigmas porque nós somos capazes e inteligentes. Nós somos gestoras de muitos orçamentos nas famílias. Precisamos de informação, já que muitas mulheres não tiveram acesso a informação financeira”, afirma Angélica.

Foto: Reprodução

A palestra também abordará temas como a neurolinguística, que se baseia nos comandos que damos para o nosso cérebro através de palavras positivas ou negativas e como isso interfere em nosso posicionamento diante do mundo e da vida. “Então se eu digo sempre pra mim ‘eu não consigo aprender’, ‘sou uma tonta’, o cérebro de alguma forma vai executar isso, vou me sentir dessa maneira. Então as palavras que eu digo elas vão interferir nos meus sentimentos e na minha postura em frente a vida” explica. Outra abordagem será a prática da Constelação Familiar que é uma metodologia baseada em o que é aprendido dentro desse ambiente.

A sociedade ainda carrega a crença de que não é possível envolver dinheiro com amor, mas na palestra a psicóloga também explicará sobre o tão forte é esse estigma e que tem jeito sim de conciliar os dois. “Como se a gente não pudesse ter as duas coisas e são coisas diferentes. A sociedade ensina a misturar dinheiro com amor o tempo todo e que a gente tem que exteriorizar o nosso amor por meio de coisas caras, nada contra, desde que não extrapole o orçamento. Então temos que aprender a separar as duas coisas e vê que da pra ter uma vida  abundante e prospera tanto financeira quanto amorosa” finaliza.