Falta de médicos neonatologistas fecha UTIs em Ceilândia; DF estuda transferência de equipe de Brazlândia

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Falta de médicos fecha UTIs para recém-nascidos em Ceilândia; Distrito Federal estuda migrar equipe de Brazlândia

Documentos obtidos pela reportagem apontam déficit de neonatologistas e pedem contratação urgente; profissionais do hospital de Brazlândia são contra transferência.

O Hospital Regional de Ceilândia no Distrito Federal teve dois leitos da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) bloqueados devido à falta de médicos neonatologistas – pediatras especializados no cuidado de recém-nascidos. As UTIs neonatais atendem recém-nascidos que precisam de cuidados especiais.

O DE teve acesso a documentos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) que apontam ser “imprescindível e urgente” a contratação de três a quatro neonatologistas para recompor a carga horária no Hospital Regional de Ceilândia.

O hospital é referência em partos de alto risco na Região de Saúde Oeste, a mais populosa do DF. Para tentar resolver o problema, a secretaria estuda, como medida emergencial, transferir todos os três médicos neonatologistas do Hospital Regional de Brazlândia para o HRC.

Com isso, a unidade de Brazlândia ficaria sem esse tipo de atendimento. Em despacho, a pasta afirma que “a destinação de profissionais altamente especializados deve priorizar unidades com maior volume de partos e com leitos de suporte avançado ao recém-nascido, a fim de otimizar a força de trabalho disponível frente à escassez de recursos vivenciada pela Rede SES/DF”.

Funcionários de Brazlândia são contra a transferência dos médicos neonatologistas. Segundo os argumentos apresentados para o remanejamento, o Hospital de Brazlândia faz, em média, 80 partos mensais – a maioria de baixo risco obstétrico.

Profissionais do Hospital de Brazlândia afirmaram que foram surpreendidos com a proposta de transferência dos neonatologistas. Segundo uma funcionária, os especialistas atuam não apenas na sala de parto, mas também no berçário, onde ficam internados recém-nascidos graves até conseguirem vaga na UTI neonatal.

Em nota, a Secretaria de Saúde disse que “o tema ainda está em análise pela área técnica competente”. A falta de médicos especializados nas UTIs neonatais é um desafio que precisa ser superado para garantir o atendimento adequado aos recém-nascidos em Ceilândia e em outras áreas do Distrito Federal.

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