Falta de orientação sobre lixo e saneamento podem levar Goiânia a escassez de água, aponta UFG

Um diagnóstico realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI), afirma que toda a região metropolitana de Goiânia pode sofrer escassez de água. Realizado por 38 pesquisadores e coordenado por professores da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA/UFG), o estudo observou que questões como a falta de conhecimento da população sobre as condições de saneamento, depósito e reaproveitamento de lixo são alguns dos principais fatores preocupantes.

Outro ponto analisado pelos pesquisadores é a expansão de cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Bela Vista, feitas sem considerar as condições locais de abastecimento. Os cursos d’água superficiais e o lençol freático vêm sendo desgastados a tal ponto que a crise hídrica está prestes a sair do controle, principalmente nos períodos da seca.

A “mancha urbana” se espalha, as construções avançam de forma desordenada sobre áreas que não necessariamente possuem pontos públicos de captação de água e se faz cada vez mais necessária a perfuração profunda do solo. Territórios vão se tornando impermeáveis e aumentando as chances de assoreamento e erosão. O desmatamento crescente também está entre as causas. Menos de 25% da Grande Goiânia, cuja área é de 7.397,203 km², são de mata remanescente do Cerrado. O restante se encontra em pastagens, lavouras e áreas construídas.

O levantamento aponta que, no âmbito do uso da água, existem dificuldades no diálogo entre municípios e concessionária. Não acontece vistoria regular das outorgas e a população não é bem informada quanto ao saneamento e a distribuição das redes de água e esgoto. Esse uso incorreto e falta de planejamento estão impactando diretamente os ecossistemas que fazem circular a água.

O relatório completo está disponível neste site da Prefeitura de Goiânia. (Via UFG)

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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