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Falta de orientação sobre lixo e saneamento podem levar Goiânia a escassez de água, aponta UFG

Última atualização 20/03/2018 | 12:01

Um diagnóstico realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI), afirma que toda a região metropolitana de Goiânia pode sofrer escassez de água. Realizado por 38 pesquisadores e coordenado por professores da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA/UFG), o estudo observou que questões como a falta de conhecimento da população sobre as condições de saneamento, depósito e reaproveitamento de lixo são alguns dos principais fatores preocupantes.

Outro ponto analisado pelos pesquisadores é a expansão de cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Bela Vista, feitas sem considerar as condições locais de abastecimento. Os cursos d’água superficiais e o lençol freático vêm sendo desgastados a tal ponto que a crise hídrica está prestes a sair do controle, principalmente nos períodos da seca.

A “mancha urbana” se espalha, as construções avançam de forma desordenada sobre áreas que não necessariamente possuem pontos públicos de captação de água e se faz cada vez mais necessária a perfuração profunda do solo. Territórios vão se tornando impermeáveis e aumentando as chances de assoreamento e erosão. O desmatamento crescente também está entre as causas. Menos de 25% da Grande Goiânia, cuja área é de 7.397,203 km², são de mata remanescente do Cerrado. O restante se encontra em pastagens, lavouras e áreas construídas.

O levantamento aponta que, no âmbito do uso da água, existem dificuldades no diálogo entre municípios e concessionária. Não acontece vistoria regular das outorgas e a população não é bem informada quanto ao saneamento e a distribuição das redes de água e esgoto. Esse uso incorreto e falta de planejamento estão impactando diretamente os ecossistemas que fazem circular a água.

O relatório completo está disponível neste site da Prefeitura de Goiânia. (Via UFG)

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