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Falta de saneamento gera custo de 100 milhões ao SUS

Aparecida de Goiânia está entre os dez primeiros município brasileiro no ranking dos piores índices da coleta de esgoto, segundo o Instituto Trata Brasil.

As internações hospitalares de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o país por doenças causadas pela falta de saneamento básico e acesso à água de qualidade, ao longo de 2017, geraram um custo de R$ 100 milhões. De acordo com dados do Ministério da Saúde, ao todo, foram 263,4 mil internações. O número ainda é elevado, mesmo com o decréscimo em relação aos casos registrados no ano anterior, quando 350,9 mil internações geraram custo de R$ 129 milhões.

De acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas 44,92% dos esgotos coletados no país são tratados. O Brasil tem uma meta de universalização do saneamento até 2033. Este objetivo previsto no Plano Nacional de Saneamento Básico, representaria um gasto de cerca de R$ 15 milhões anuais, ao longo de 20 anos. E este é um dos desafios para os governantes a serem eleitos em outubro. Aparecida de Goiânia está entre os dez primeiros município brasileiro no ranking dos piores índices da coleta de esgoto, segundo o Instituto Trata Brasil.  Apenas 24,93% da população tem coleta de esgoto. De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), Aparecida está também, entre os dez piores municípios no fornecimento de água (76,10).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em água e saneamento resultaria em uma economia de US$ 4,3 em custos de saúde no mundo. Recentemente, organizações ligadas ao setor privado de saneamento, reunidas em São Paulo, reforçaram a teoria da economia produzida por este investimento. Pelas contas do grupo, a universalização do saneamento básico no Brasil geraria uma economia anual de R$ 1,4 bilhão em gastos na área da saúde.