Falta de vacinação aumenta risco de surto de doenças

Falta de vacinação aumenta risco de surto de doenças

Doenças que podem ser evitadas através da vacinação voltaram ao risco de surtos devido à queda na cobertura vacinal nos países dos continentes americanos. O alerta foi feito pelo diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa.

Um relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), trouxe um alerta sobre a vacinação do público infantil pelo mundo. Dos 55 países analisados, 52 tiveram queda na cobertura vacinal. Com isso, 67 milhões de crianças deixaram de ser imunizadas integral ou parcialmente nos últimos três anos. 

Atualmente, a região das Américas é a segunda no mundo com a pior cobertura vacinal. Dados revelam que cerca de 2,7 milhões de crianças não receberão todas as doses vacinais em 2021, ficando propensas a contrair doenças como difteria, tétano e coqueluche. No Brasil, quase 26% da população infantil não recebeu nenhuma dose da vacina em 2021. Junto com o México, o país sul-americano corresponde a mais de 50% de crianças desprotegidas.

A falta de implementação e a manutenção eficaz da cobertura vacinal de rotina deixa não só as crianças, mas adultos, adolescentes e idosos propensos a contrair doenças consideradas fatais para o público infantil. No Brasil, os imunizantes podem ser garantidos de modo gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Surto de Influenza em Goiás

A pouca procura pela imunização da influenza tem causado o surto da doença em Goiás. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), foram registrados cerca de 11 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) neste ano. Além disso, o Estado também registrou cerca de 129 casos até  o momento. 

Ao todo, seis cidades registraram óbitos, sendo: Goiânia (3), Senador Canedo (3), Jataí (2), Iporá (1), Nova Roma (1) e Guapó (1). As idades das vítimas variam entre 5 meses à 49 anos. 

A SES informou que será reformado o público alvo de vacinação, formado até o momento por pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, crianças de seis meses a seis anos, professores, pessoas com comorbidades, trabalhadores do transporte coletivo, portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento das Forças Armadas, servidores do sistema carcerário, população privada de liberdade e adolescentes que cumprem medida socioeducativa. 

Além disso, a pasta reforçou também a imunização do público, podendo assim diminuir a chance de novas vítimas serem registradas. 

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Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

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