Press "Enter" to skip to content

Falta de vacinação aumenta risco de surto de doenças

Última atualização 21/04/2023 | 12:10

Doenças que podem ser evitadas através da vacinação voltaram ao risco de surtos devido à queda na cobertura vacinal nos países dos continentes americanos. O alerta foi feito pelo diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa.

Um relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), trouxe um alerta sobre a vacinação do público infantil pelo mundo. Dos 55 países analisados, 52 tiveram queda na cobertura vacinal. Com isso, 67 milhões de crianças deixaram de ser imunizadas integral ou parcialmente nos últimos três anos. 

Atualmente, a região das Américas é a segunda no mundo com a pior cobertura vacinal. Dados revelam que cerca de 2,7 milhões de crianças não receberão todas as doses vacinais em 2021, ficando propensas a contrair doenças como difteria, tétano e coqueluche. No Brasil, quase 26% da população infantil não recebeu nenhuma dose da vacina em 2021. Junto com o México, o país sul-americano corresponde a mais de 50% de crianças desprotegidas.

A falta de implementação e a manutenção eficaz da cobertura vacinal de rotina deixa não só as crianças, mas adultos, adolescentes e idosos propensos a contrair doenças consideradas fatais para o público infantil. No Brasil, os imunizantes podem ser garantidos de modo gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Surto de Influenza em Goiás

A pouca procura pela imunização da influenza tem causado o surto da doença em Goiás. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), foram registrados cerca de 11 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) neste ano. Além disso, o Estado também registrou cerca de 129 casos até  o momento. 

Ao todo, seis cidades registraram óbitos, sendo: Goiânia (3), Senador Canedo (3), Jataí (2), Iporá (1), Nova Roma (1) e Guapó (1). As idades das vítimas variam entre 5 meses à 49 anos. 

A SES informou que será reformado o público alvo de vacinação, formado até o momento por pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, crianças de seis meses a seis anos, professores, pessoas com comorbidades, trabalhadores do transporte coletivo, portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento das Forças Armadas, servidores do sistema carcerário, população privada de liberdade e adolescentes que cumprem medida socioeducativa. 

Além disso, a pasta reforçou também a imunização do público, podendo assim diminuir a chance de novas vítimas serem registradas.