O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a família Bolsonaro trouxe ganhos políticos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele mencionou a crítica feita por Michelle Bolsonaro à aliança entre Ciro Gomes e o Partido Liberal no Ceará, como um exemplo. Durante uma reunião do Diretório Nacional do PT, Guimarães ironizou que ‘Lá (no Ceará), a Michelle deu uma grande contribuição (ao Lula)’.
O confronto no Ceará envolvendo os membros da família Bolsonaro gerou polêmica. Flávio, Eduardo e Carlos se posicionaram a favor da aliança entre Ciro e o PL, autorizada pelo pai. Flávio criticou a postura de Michelle, afirmando que ela ‘atropelou’ a vontade de Bolsonaro. Após uma conversa com o pai na prisão, Flávio pediu desculpas à madrasta.
A decisão de Flávio como representante do campo bolsonarista nas eleições seguintes foi elogiada por Guimarães. Comentou que Eduardo e Michelle não seriam opções viáveis, enquanto enxergava Flávio como a escolha mais sensata. O deputado ressaltou que Bolsonaro tomou a decisão correta ao indicar o filho para a disputa.
Guimarães ainda avaliou que os governadores Tarcísio de Freitas e Ratinho Jr. não seriam confiáveis o suficiente para Bolsonaro, justificando a escolha de um membro da família. Ele coordena o Grupo de Trabalho para reeleição de Lula e ampliação da influência do PT nas próximas eleições. Celebrou a divisão na direita, considerando-a favorável ao campo do presidente. Observou que a falta de liderança unificada na direita pós-prisão de Bolsonaro enfraquece o grupo.
Para Guimarães, a prisão do ex-presidente desestabilizou a direita, sendo crucial a candidatura de Flávio para solidez do campo bolsonarista. Ele destacou a importância de fortalecer a posição de Lula e do PT, enquanto aproveitava a fragmentação dos opositores para obter vantagem política. Concluiu que a falta de liderança clara na direita facilita a ascensão do campo governista nas eleições vindouras.




