No entanto, a versão contada pela família de Bruno Paixão é diferente. Eles afirmam que ele era um vendedor de queijos e doces que foi atingido por policiais durante uma operação no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Segundo relatos compartilhados em vídeos nas redes sociais, Bruno teria sido baleado enquanto estava dentro de uma kombi. A Polícia Civil havia divulgado anteriormente que três suspeitos haviam sido mortos na ação, mas os familiares de Bruno contestam essa informação.
Diante desse contexto, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania da Alerj (CDDHC), Dani Monterio, se manifestou em defesa da família de Bruno, destacando a importância de garantir dignidade e proteger vidas em qualquer política de segurança. A deputada reforçou o apoio à família de Bruno Paixão, exigindo uma investigação rigorosa para esclarecer os fatos e buscar por justiça.
Um homem que afirmou ser parente de Bruno tentou localizá-lo nos hospitais da região, mas não obteve sucesso em encontrar o rapaz, levando a família a suspeitar que o corpo de Bruno tenha sido levado. Em um momento de dor e revolta, uma irmã de Bruno fez um apelo emocionado, pedindo pelo encontro do corpo do irmão e clamando por justiça. A incerteza sobre o paradeiro de Bruno gerou ainda mais indignação entre seus familiares e amigos.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram a kombi em que Bruno costumava trabalhar com marcas de tiros no para-brisa dianteiro, reforçando a versão da família de que ele foi atingido durante a operação policial. Até o momento, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital está investigando as três mortes ocorridas durante a operação no Complexo da Maré. A identificação dos mortos e a apuração dos fatos estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.
Diante da gravidade desses fatos, a sociedade civil e os órgãos de defesa dos direitos humanos acompanham de perto o desdobramento das investigações, exigindo transparência e responsabilização dos envolvidos. A morte de Bruno Paixão se soma a uma triste estatística de violência policial que assola as periferias do Rio de Janeiro, gerando revolta e mobilização por parte da população que clama por justiça e respeito à vida. A busca por respostas e a luta por um sistema de segurança mais humano e eficaz são pautas urgentes que demandam atenção e ação por parte das autoridades competentes.




