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Família de brasileira com botulismo nos EUA já gastou R$ 2 milhões e faz vaquinha

Última atualização 17/04/2024 | 13:36

Durante seu intercâmbio na cidade de Aspen, no Colorado, Estados Unidos, Cláudia Celada de Albuquerque, de 23 anos, se deparou com um problema inesperado. Cacau, como é carinhosamente chamada, contraiu uma forma rara de botulismo, uma doença grave que afeta o sistema neurológico, demandando cuidados intensivos e altos custos médicos.

Cláudia passou quase dois meses internada nos Estados Unidos, onde os custos médicos são exorbitantes, totalizando cerca de US$ 500 mil (equivalente a aproximadamente R$ 2,53 milhões). Com uma diária hospitalar de US$ 10 mil, a família agora busca trazer a jovem de volta ao Brasil, onde os custos seriam mais acessíveis e ela estaria próxima de seus familiares e amigos.

“Achamos que a recuperação perto da família e dos amigos é muito mais rápida. Comparando os custos entre ficar aqui e de voltar ao Brasil, o retorno ainda sai mais barato”, afirmou Luisa Alburqueque Celada, irmã de Cláudia.

O botulismo é uma enfermidade rara causada pela bactéria Clostridium botulinum, geralmente associada à ingestão de alimentos contaminados. Os médicos, inicialmente desafiados pela raridade do caso, estão otimistas quanto à recuperação completa de Cláudia.

Reagindo

Após enfrentar semanas críticas, Cláudia recentemente demonstrou sinais de melhora. Ela conseguiu escrever seu próprio nome em letras maiúsculas pela primeira vez desde o diagnóstico e, mais significativamente, agora consegue respirar autonomamente por até 45 minutos.

No entanto, devido à necessidade contínua de um respirador, a família precisa urgentemente de uma ambulância aérea para trazer Cláudia de volta ao Brasil. O custo do transporte é estimado em US$ 200 mil, e para isso, parentes e amigos lançaram uma campanha de arrecadação online e divulgam nas redes sociais.

Embora a família tenha buscado auxílio junto ao Itamaraty para a repatriação médica, ainda aguardam uma resposta positiva. O Ministério das Relações Exteriores afirma que está disposto a prestar assistência consular, mas ressalta que não há previsão legal para o custeio das despesas médicas no exterior.