Família de brasileira com botulismo nos EUA já gastou R$ 2 milhões e faz vaquinha

Cláudia Celada de Albuquerque, intercambista de 23 anos, contraiu botulismo durante estadia em Aspen, nos Estados Unidos

Durante seu intercâmbio na cidade de Aspen, no Colorado, Estados Unidos, Cláudia Celada de Albuquerque, de 23 anos, se deparou com um problema inesperado. Cacau, como é carinhosamente chamada, contraiu uma forma rara de botulismo, uma doença grave que afeta o sistema neurológico, demandando cuidados intensivos e altos custos médicos.

Cláudia passou quase dois meses internada nos Estados Unidos, onde os custos médicos são exorbitantes, totalizando cerca de US$ 500 mil (equivalente a aproximadamente R$ 2,53 milhões). Com uma diária hospitalar de US$ 10 mil, a família agora busca trazer a jovem de volta ao Brasil, onde os custos seriam mais acessíveis e ela estaria próxima de seus familiares e amigos.

“Achamos que a recuperação perto da família e dos amigos é muito mais rápida. Comparando os custos entre ficar aqui e de voltar ao Brasil, o retorno ainda sai mais barato”, afirmou Luisa Alburqueque Celada, irmã de Cláudia.

O botulismo é uma enfermidade rara causada pela bactéria Clostridium botulinum, geralmente associada à ingestão de alimentos contaminados. Os médicos, inicialmente desafiados pela raridade do caso, estão otimistas quanto à recuperação completa de Cláudia.

Reagindo

Após enfrentar semanas críticas, Cláudia recentemente demonstrou sinais de melhora. Ela conseguiu escrever seu próprio nome em letras maiúsculas pela primeira vez desde o diagnóstico e, mais significativamente, agora consegue respirar autonomamente por até 45 minutos.

No entanto, devido à necessidade contínua de um respirador, a família precisa urgentemente de uma ambulância aérea para trazer Cláudia de volta ao Brasil. O custo do transporte é estimado em US$ 200 mil, e para isso, parentes e amigos lançaram uma campanha de arrecadação online e divulgam nas redes sociais.

Embora a família tenha buscado auxílio junto ao Itamaraty para a repatriação médica, ainda aguardam uma resposta positiva. O Ministério das Relações Exteriores afirma que está disposto a prestar assistência consular, mas ressalta que não há previsão legal para o custeio das despesas médicas no exterior.

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