Família de idosa morta em clínica clandestina choca-se com condições precárias. Investigação em andamento.

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Após a trágica morte de uma idosa, familiares de pacientes atendidos em uma clínica de repouso clandestina no interior de São Paulo ficaram chocados com as condições precárias do local. A idosa, de 62 anos, veio a óbito enquanto estava internada nesse espaço sem alvará de funcionamento. A situação, considerada ‘degradante’ pelas autoridades locais, também revelou que outras quinze pessoas estavam vivendo em condições inapropriadas na clínica.

A Vigilância Sanitária e a Guarda Civil Municipal constataram a precariedade da instituição e a ausência do alvará de funcionamento, o que levou à abertura de investigações pela Polícia Civil. O subcomandante da Guarda Municipal de Cosmópolis, Irineu Alves Barbosa, descreveu a clínica como um local insalubre, onde os idosos eram encontrados em colchões no chão e em meio à sujeira, em condições que não eram dignas.

A Secretaria da Assistência Social de Cosmópolis está atuando para realocar os pacientes do lar clandestino junto às suas famílias ou em outras instituições adequadas, enquanto o espaço irregular deve ser interditado. Os familiares dos pacientes relataram ter pago mensalidades de até R$ 2 mil por mês pela estadia dos idosos no local e expressaram indignação com as condições desumanas em que seus entes queridos estavam submetidos.

Os relatos de familiares evidenciam que as visitas aos pacientes foram interrompidas sob pretexto de reformas no local, o que era uma informação falsa dada pela responsável da clínica. Mesmo pacientes com necessidades especiais, como o caso de um autista, foram negligenciados em um ambiente desprovido de condições mínimas de higiene e estrutura adequada para atendimento. A falta de comunicação e o sofrimento dos pacientes expõem a irresponsabilidade da administração da clínica.

Diante dessas graves denúncias, a clínica clandestina foi fechada após a morte da idosa e a repercussão do caso na mídia local. A proprietária do estabelecimento se recusou a dar entrevistas, e o caso está sendo investigado pelas autoridades competentes. A sociedade clama por maior fiscalização e regulamentação desses locais, visando garantir o bem-estar e a segurança dos idosos em instituições de repouso, para que situações como essa não se repitam.

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