Família de idosa soterrada no Rio enfrenta dificuldades após tragédia: falta de suporte da concessionária gera revolta

A família de Marilene Rodrigues, de 79 anos, que morreu soterrada após o rompimento de uma adutora em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, está enfrentando dificuldades após a casa onde vivia ter sido destruída. A falta de auxílio e suporte da concessionária Águas do Rio tem gerado revolta entre os familiares. Sebastião da Fonseca Jordão, cunhado de Marilene, que residia na casa afetada, relatou que não recebeu assistência adequada.

Sem ter para onde ir, Sebastião permanece no local acompanhando os reparos na rede de água danificada. A situação se agrava com a interdição de outras residências vizinhas ocupadas por familiares, sem que haja uma solução definitiva para o problema habitacional. A família lamenta a falta de suporte por parte da concessionária, que, segundo eles, não têm fornecido opções satisfatórias para o acolhimento dos familiares desabrigados.

A filha de Marilene, Monique, que cuida de duas crianças atípicas, recebeu assistência para se hospedar em um hotel por dois dias, mas ficou insatisfeita com as opções oferecidas pela Águas do Rio. As crianças possuem necessidades especiais de saúde, o que torna essencial um suporte adequado no momento de crise. A família relata que as alternativas propostas não atendem às suas necessidades específicas.

A concessão de pacotes de lasanhas congeladas como alimentação e a falta de roupas íntimas são algumas das dificuldades enfrentadas pela família nesse momento delicado. Os advogados da família buscaram alternativas mais adequadas para o acolhimento e suporte dos familiares desabrigados. Enquanto isso, a concessionária Águas do Rio informou que os reparos na área estão em andamento e devem ser concluídos em breve.

O sepultamento de Marilene está previsto para esta quarta-feira à tarde, no Cemitério de Irajá. A situação evidencia a importância de um suporte adequado em situações de emergência como essa, onde a rápida resposta das autoridades e concessionárias pode fazer a diferença na vida das famílias afetadas. A falta de auxílio e apoio em momentos críticos como esse gera indignação e vulnerabilidade para aqueles que mais precisam de assistência.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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