Família de Igarapava, SP, morre em acidente em Caldas Novas, GO: vítimas e comoção na cidade

Quem eram as vítimas da família de Igarapava, SP, que morreram em acidente em
Caldas Novas, GO

Carro em que eles estavam bateu em ponte, despencou de altura de dez metros e
pegou fogo. Casal, filha e neto, de 6 anos, não resistiram. Menina de 3 anos
está internada em hospital especializado.

A família que morreu vítima de um acidente de trânsito na rodovia GO-139, em
Caldas Novas (GO), nesta quinta-feira (19), era moradora de Igarapava (SP)
[https://de.de.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/cidade/igarapava/], próximo a
Ribeirão Preto (SP). As causas são investigadas pela polícia.

Um casal, a filha e os netos viajavam até Caldas Novas, onde a família tinha um
apartamento. Eles pretendiam passar o fim de semana no local e voltar ao
interior de SP a tempo de comemorar o Natal na próxima quarta-feira (25).

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, o carro da
família bateu na cabeceira da ponte do ribeirão do Bagre, na estrada que liga
Caldas Novas a Mazargão (GO), despencou de uma altura de dez metros e pegou fogo
[https://de.de.globo.com/go/goias/noticia/2024/12/20/acidente-mata-avo-e-neto-e-deixa-mais-tres-parentes-feridos-na-go-139-em-caldas-novas.ghtml].

Ao ser socorrido, o motorista Antônio Alberto Francisco, de 59 anos, disse que
perdeu o controle da direção antes de atingir a ponte. O local era de difícil
acesso. Antônio foi levado ao Hospital de Caldas Novas, mas não resistiu.

1 de 4 Antônio Alberto Francisco e a esposa, Marileusa Aparecida Rorato Jacinto,
eram de Igarapava, SP, e morreram em Caldas Novas, GO — Foto: Arquivo Pessoal

Antônio Alberto Francisco e a esposa, Marileusa Aparecida Rorato Jacinto, eram
de Igarapava, SP, e morreram em Caldas Novas, GO — Foto: Arquivo Pessoal

O neto dele, João Gabriel Porfirio Rorato Jacinto, de 6 anos, ficou preso nas
ferragens e morreu carbonizado.

A mulher de Antônio, Marileusa Aparecida Rorato Jacinto, de 66 anos, a filha,
Michelle Rorato Jacinto, de 35 anos, e a neta, Bianca Rorato Gimenes, de 3 anos,
também foram levadas ao Hospital de Caldas Novas e, posteriormente, transferidas
a unidades especializadas.

Marileusa e Michelle tiveram as mortes confirmadas nesta sexta-feira (20).

Em nota, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira
(Hugol) informou que Bianca está internada na Enfermaria Pediátrica. A menina
está consciente, respira sem aparelhos e o quadro dela é estável.

2 de 4 Marileusa e o neto João Gabriel, de 6 anos, morreram em acidente durante
viagem de Igarapava, SP, a Caldas Novas, GO — Foto: Arquivo Pessoal

Marileusa e o neto João Gabriel, de 6 anos, morreram em acidente durante viagem
de Igarapava, SP, a Caldas Novas, GO — Foto: Arquivo Pessoal

Com a tragédia, uma onda de comoção tomou conta da cidade de Igarapava, com seus 26,2 mil
habitantes. A Prefeitura decretou luto oficial de três dias.

Segundo o administrador de empresas José Eurípedes Garcia, amigo do casal, na
quarta-feira (18), Marileusa tinha sido homenageada na escola onde trabalhava
como diretora. Ela estava se aposentando após dedicar a vida toda à educação de
jovens e crianças.

> “Ela era uma pessoa muito humana, não sabia falar não. Querida por todos. A
> cidade está toda em comoção pelo acidente. Era alegre, festiva, se comunicava
> muito bem. Ela ia deixar a escola, ela trabalhou o último dia 18 e fizemos uma
> homenagem de despedida. No dia 19 ela viajou e teve o acidente”, lamenta
> Garcia.

3 de 4 Michelle Rorato Jacinto, de 35 anos, morreu em acidente durante viagem
com a família de Igarapava, SP, a Caldas Novas, GO — Foto: Arquivo Pessoal

Michelle Rorato Jacinto, de 35 anos, morreu em acidente durante viagem com a
família de Igarapava, SP, a Caldas Novas, GO — Foto: Arquivo Pessoal

Nesta sexta-feira, funcionários passaram o dia organizando a escola para que o
velório possa ser feito no local.

“É um golpe muito forte para todos nós. Vamos fazer o velório aqui na escola. As
pessoas estão inconformadas. Ela deixou um legado muito grande”, diz o amigo.

O empresário Arildo Donizete Malaquias foi um dos primeiros em Igarapava a saber
do acidente. Segundo ele, ao ser resgatado, Antônio informou o telefone da
metalúrgica do amigo para que as autoridades pudessem entrar em contato.

> “Antes de perder a consciência, ele deixou o nosso contato e foi onde falaram
> com a gente sobre o acidente. Ficamos totalmente sem chão, porque o Toninho é
> uma pessoa que está com a gente há muito tempo, há 20 anos, muito querido. Ele
> era uma pessoa muito alegre. Nesses 20 anos, nunca o vi de mal humor, era
> muito educado, de caráter único, e vai deixar muita saudade.”

4 de 4 Carro da família de Igarapava, SP, despencou de altura de 10 metros e
pegou fogo em Caldas Novas, GO — Foto: Divulgação

Carro da família de Igarapava, SP, despencou de altura de 10 metros e pegou fogo
em Caldas Novas, GO — Foto: Divulgação

Toninho, como era carinhosamente chamado, atuava no ramo de transportes. Os
frentistas Nelson Pavão Júnior e Samuel Silva Duarte tinham o hábito de se
encontrar com o empresário todos os dias pela manhã no posto de combustíveis
para tomar café. O sentimento entre eles é de muita tristeza.

> “Foi um impacto muito grande, era uma pessoa bem ligada do pessoal do posto e
> a gente sempre estava junto, tomava um café. Ele gerava muito emprego pra
> cidade. É muito triste ter que passar por isso, acho que a ficha de ninguém
> caiu. Ela era diretora de escola, muito querida”, diz Nelson.

Samuel lembra com carinho de Toninho a quem tinha como pai. “A ficha ainda não
caiu sobre essa fatalidade. Eles viviam aqui, ele era praticamente um pai com a
gente, trazia café da manhã todo dia, ele estava com a gente, ele era acima da
média, um cara top”, afirma.

Veja mais notícias da região no de Ribeirão e Franca.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Verão no Vale do Paraíba: previsão indica chuvas frequentes e temperaturas amenas

Previsão: verão será chuvoso e com temperaturas mais amenas no Vale do Paraíba e região

Tendência é que o verão que começa neste ano seja diferente do que começou no último e que foi marcado por diversas ondas de calor.

Estação mais quente do ano, o verão começou às 6h21 deste sábado (21) e segue até às 6h02 do dia 20 de março de 2025. Segundo os meteorologistas, os próximos três meses serão marcados principalmente por chuva na região do Vale do Paraíba.
A projeção aponta para um verão mais chuvoso do que a média para a região. Além disso, as temperaturas devem ficar dentro da normalidade ou até abaixo da média da estação.

De acordo com o meteorologista Guilherme Borges, do portal Clima Tempo, o motivo para isso é o grande número de frentes frias que passarão pela região nos próximos três meses.

“A gente deve ter um verão com chuva um pouco acima da média na região do Vale do Paraíba, com uma frequência de frentes frias que passam de maneira costumeira pelo Sul e pelo Sudeste. E sempre que ela passa – o próprio nome diz – vem uma massa fria. Com o contraste do calor do verão, vem muita chuva”, explica.

Justamente por conta da frente fria, a nebulosidade deverá ser maior neste verão, impedindo que as temperaturas se elevem tanto.

“As temperaturas devem ficar dentro da normalidade, porque, como vamos ter mais chuva na estação, a cobertura de nebulosidade é maior e o sol não aquece tanto, então deve ser mais confortável. Além disso, a própria frente fria joga as temperaturas um pouco para baixo”, completa Guilherme.

Em relação às temperaturas, este verão deve ser bem diferente do último, quando o calor ficou acima da média por conta de diversas ondas de calor – não há previsão do registro deste fenômeno desta vez.

“Neste verão, não teremos os impactos do fenômeno El Niño, que no ano passado colaborou para manter a atmosfera global muito aquecida, contribuindo para ocorrência de ondas de calor e de eventos extremos no Brasil”, publicou o Clima Tempo.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp