Jefferson Paz da Costa foi vítima de um crime brutal em 2013, aos 22 anos de idade, quando foi executado por um agente penitenciário em Ramos, Zona Norte do Rio de Janeiro, após ser confundido com um assaltante. Após 12 anos de um longo e doloroso processo, a Justiça finalmente condenou o Estado do Rio a pagar uma indenização de R$ 200 mil por danos morais, além de pensão, para cada um dos pais de Jefferson. O pai do jovem, Alberto Paz, expressou sua tristeza pela demora na decisão e ressaltou que a indenização não é capaz de trazer o filho de volta.
Ao receber a notícia da decisão judicial, Alberto Paz comentou que, embora a família tenha ficado feliz com o veredito, o desejo verdadeiro era ter o filho vivo. A falta de Jefferson é sentida especialmente em datas especiais, como a entrada prevista na faculdade de engenharia da computação. A justiça, ainda que tardia, traz um sentimento de alívio, mas não consegue apagar a dor causada pela perda de um ente querido de forma tão cruel e injusta. A família anseia pela prisão do responsável pelo crime, na esperança de que a justiça seja completamente feita.
O crime que tirou a vida de Jefferson Paz aconteceu em 2013, quando o agente penitenciário, fora de serviço, confundiu o jovem com um dos assaltantes que havia roubado sua moto. Sem qualquer ligação com o crime, Jefferson foi abordado e executado pelo servidor. O desembargador André Andrade, relator do caso, ressaltou a responsabilidade do Estado no ocorrido, uma vez que o agente utilizou uma arma oficial para cometer o crime. O advogado da família enfatizou que a decisão do tribunal reforça a ideia de que o Estado e seus agentes não podem se isentar da responsabilidade, mesmo quando estão fora de serviço.
A longa espera por justiça culminou na decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que determinou a indenização por danos morais e pensão para os pais de Jefferson Paz da Costa. A demora no desfecho do caso expôs a família a uma dor constante, que nunca será amenizada completamente. A perda trágica de um jovem inocente reflete a falha no sistema de segurança e a necessidade de responsabilização dos agentes públicos. A luta por justiça continua, ainda que a indenização não possa reparar o vazio deixado pela ausência de Jefferson. A família busca, agora, que o responsável pelo crime seja levado à prisão, para que a paz e a verdadeira justiça sejam restauradas.