A família de Juliana Marins foi a Justiça pedir uma nova autópsia do corpo da jovem, morta após cair da trilha de um vulcão na Indonésia, na semana passada. A informação foi confirmada pela irmã da brasileira, Mariana Marins.
“Com o auxílio do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança (GGIM) da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia”, informou a irmã da vítima.
O Plantão Judiciário da Justiça Federal, no entanto, decidiu declinar a decisão e informou que caberá ao “juiz natural”.
O corpo de Juliana está na Indonésia, aguardado o translado.
Laudo da morte
A primeira autópsia no corpo de Juliana foi realizada na quinta-feira, 26, em um hospital de Bali, logo depois que o corpo foi retirado do Parque Nacional do Monte Rinjani. Segundo o exame, a brasileira morreu 20 minutos após sofrer uma queda que causou múltiplas fraturas e lesões internas.
As informações foram confirmada pelo médico-legista Ida Bagus Alit, em uma entrevista coletiva no Hospital Bali Mandara.
“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos”, disse o médico.
A família de Juliana criticou a divulgação do exame. Segundo a irmã da vítima, os familiares foram chamados no hospital após a coletiva de imprensa ter ocorrido.
“Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo, mas, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico achou de bom tom dar uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo antes de falar para minha família. É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais”, afirmou Mariana.