Família de policiais do Bope vítimas da violência no Rio de Janeiro

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A violência no Rio de Janeiro atingiu em cheio a família de dois policiais militares do Bope, que perderam suas vidas durante a Operação Contenção. Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, e Cleiton Serafim Gonçalves, de 42, foram vítimas da ação que visava deter o avanço do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da cidade. O tio de Heber, Edson da Silva Carvalho, emocionado, comparou a violência no Rio a um câncer, que seu sobrinho estava combatendo como guerreiro.

Heber Carvalho da Fonseca ingressou na Polícia Militar há 14 anos, motivado pelo sonho de se tornar um policial do Bope, grupo de elite da PM. Seu tio destacou que o rapaz era determinado e realizava seus objetivos com empenho. A carreira militar era a razão de viver de Heber, que deixou esposa, dois filhos e um enteado. Para sua família, ele era um guerreiro que lutava contra o crime organizado, representando a esperança em meio ao caos que assola o Rio de Janeiro.

O velório dos policiais está sendo realizado na sede do Bope, onde eram lotados. Parentes, amigos e colegas de farda prestam suas homenagens aos heróis que tombaram na luta pela segurança da população carioca. O clima de consternação é evidente, mas também houve relatos de bravura e solidariedade por parte dos policiais feridos que foram salvos pelos colegas que deram suas vidas na operação. O momento é de apoio mútuo e de recordar o legado deixado por esses homens corajosos.

Além dos dois policiais militares, também perderam suas vidas durante a Operação Contenção os policiais civis Marcus Vinicius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral. O cenário de guerra que se instaurou nos complexos da Penha e do Alemão resultou em um total de 121 mortos, incluindo criminosos e agentes de segurança. O impacto dessa ação letal levou os governos federal e estadual a criarem um Escritório de Combate ao Crime Organizado, além do Ministério Público acompanhar de perto as investigações.

O enterro de Heber Carvalho da Fonseca está previsto para acontecer no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, enquanto Cleiton Serafim Gonçalves será sepultado em Mendes. Os rituais fúnebres são momentos de dor intensa para as famílias enlutadas, mas também de celebração da vida e da coragem desses agentes de segurança que deram tudo de si na defesa da sociedade. Que seus sacrifícios não sejam esquecidos e sirvam de inspiração para os que seguem na linha de frente do combate ao crime no Rio de Janeiro.

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