Família de vítima de acidente que deixou 17 estudantes mortos consegue indenização na Justiça 8 anos depois
Ônibus universitário sofreu um acidente em junho de 2016, em Bertioga (SP). Além dos alunos, o motorista também morreu.
Aldo de Sousa Carvalho (em meio ao quadrado vermelho) foi uma das vítimas do acidente na Mogi-Bertioga (SP) — Foto: Arte/de
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julgou o valor da indenização por danos morais e materiais à família de um dos 18 mortos em um acidente de ônibus na Rodovia Mogi-Bertioga, no litoral do estado, em 2016. O advogado que representa os parentes da vítima tentou o pagamento de R$ 5 milhões aos clientes, mas o Poder Judiciário determinou a quantia de R$ 600 mil com reajustes.
O acidente aconteceu na noite do dia 8 de junho de 2016, quando o fretado que saiu de Mogi das Cruzes retornava com universitários para São Sebastião (SP). O ônibus, que estava pelo Km 84, na altura de Bertioga, bateu em um rochedo na pista contrária, capotou e caiu em um barranco.
O ônibus levava 46 pessoas, sendo que 17 estudantes e o motorista morreram. Um laudo pericial apontou que o veículo apresentava problemas de manutenção e no sistema de freios, além de estar acima da velocidade máxima permitida na via, que era de 60 Km/h.
Aldo de Sousa Carvalho foi um dos estudantes mortos no acidente. De acordo com o advogado José Beraldo, que representa a família, ele deixou uma mulher diagnosticada com câncer e dois filhos, uma menina de 1 ano e um garoto que completaria 10. Hoje, eles têm 9 e 18, respectivamente.
Em 2019, segundo documento obtido pelo de, a 2ª Vara Cível de São Sebastião determinou o pagamento de R$ 200 mil para cada um dos parentes de Aldo — sendo a viúva e os filhos –, além de uma pensão mensal de 2/3 do salário mínimo (R$ 1.412), o equivalente a R$ 470,60, desde o mês do acidente até os filhos completarem 18 anos ou 24 anos, se estiverem na faculdade.