Família denuncia morte de idosa após não conseguirem entrar em contato com emergência

Família denuncia morte de idosa após não conseguirem entrar em contato com emergência

Uma idosa de 70 anos morreu após os familiares não conseguirem contatar o SAMU e o Corpo de Bombeiros quando ela começou a passar mal, em Jaraguá, na região central de Goiás. Segundo Maria Aparecida da Costa, sobrinha da idosa, a família fez tentativas para ligar para diversos números, porém os serviços emergenciais não foram alcançados. O caso ocorreu na madrugada de segunda-feira, 29.

“Minha tia estava agonizando e era acamada, não tinha como levarmos ela [ao hospital]. A gente liga 192 e 193, quando atende, cai na Polícia Militar. Liga no bombeiro, cai na polícia. Emergência não está funcionando de jeito nenhum”, descreveu a sobrinha.

O Procon de Jaraguá está atualmente investigando o ocorrido e já notificou a Oi, a operadora é responsável pela infraestrutura dos números de emergência na cidade. A Oi respondeu prontamente enviando uma equipe técnica para investigar a falha e comprometeu-se a efetuar os reparos caso a responsabilidade seja da empresa.

Morte da idosa

Maria Aparecida, dona de casa, relatou que tanto a tia, Maria Soares da Costa, que era acamada, quanto sua mãe, de 66 anos e com o fêmur quebrado, estavam morando com ela. No dia em que a tia passou mal, Maria Aparecida estava a caminho de Goiânia com as filhas, uma das quais tem epilepsia e a outra paralisia cerebral.

Enquanto a idosa enfrentava problemas de saúde em casa, ela estava acompanhada pela irmã, que estava com o fêmur quebrado, pelo marido da sobrinha (responsável por fazer as ligações para o socorro) e pelos três filhos deste último, sendo que um deles possui hidrocefalia, autismo e outras três condições de saúde delicadas.

Maria Aparecida relatou que o esposo tentou ligar para a emergência mais de 30 vezes, pois não podia deixar o filho e a sogra sozinhos em casa. Diante da situação do estado de saúde da idosa, ele acabou deixando o filho aos cuidados da sogra com o fêmur quebrado e foi até o SAMU para solicitar socorro para a tia.

Após o falecimento da idosa, a irmã dela, que estava incapacitada de andar devido a uma recente cirurgia para reparar o fêmur quebrado, também passou mal e precisou de assistência médica. Novamente, a família enfrentou dificuldades para acionar o socorro. Somente após os familiares irem até o quartel dos bombeiros em busca de ajuda é que ela foi levada ao hospital pela equipe de resgate, ela encontra-se bem e já recebeu alta.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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