Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil na última sexta-feira (8/10) suspeitas de participarem de um duplo homicídio, ocorrido no final da noite de quarta-feira (6), em Itaberaí, interior de Goiás. Dos quatro suspeitos, três são da mesma família. As investigações apontam que o casal executado teria sido morto no lugar do filho de uma das vítimas, que já havia se relacionado com uma das indiciadas.
Ronimar Rodrigues de Mendonça, de 48 anos, e sua esposa Rosimeire Cândido da Silva, de 47, foram mortos a tiros dentro da casa onde moravam, na Rua Doutor Brasil Caiado, na Vila Leonor.
Os agentes do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Itaberaí chegaram até os suspeitos após depoimentos dos vizinhos do casal, que viram dois homens fugindo em um Chevette, após os disparos. Assim, identificaram Rafael Lopes Barbosa, dono do veículo, suspeito que já possui inúmeros antecedentes criminais e mora em Itauçu. A Polícia Civil, então, descobriu que Rafael tinha sido chamado pela ex-mulher do filho de uma das vítimas, pela mãe, e pelo irmão dela para praticar o crime.
Segundo o delegado Kléber Toledo, titular do GIH de Itaberaí, o filho de Rosimeire havia se relacionado com Jokassya Evangelista. “Os dois moravam no Mato Grosso, mas como o relacionamento não deu certo, a Jokassya voltou para a casa de um ex-companheiro, que mora em Itaberaí. Na manhã do último dia seis, o Iago (filho da vítima) foi até a casa dela, a agrediu, tomou o celular, divulgou mensagens dela conversando com outros homens, e ainda danificou a camionete no companheiro dela com um pedaço de madeira”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, após a ação, Jokassya disse à família o que tinha acontecido. “Eles, então, resolveram chamar o Rafael para matar o Iago”, explicou Kléber.
Ainda segundo o delegado, na noite do crime, Jonathan e Rafael seguiram ao imóvel onde morava Iago, bateram palmas, e gritaram pelo nome de Rosimeire, que foi rendida e colocada de joelhos, e logo em seguida executada com um tiro na testa. O marido dela também morreu da mesma forma. “Como eles não encontraram o Iago lá dentro, decidiram matar o casal. Logo após, eles comemoraram o crime em um cabaré em Itauçu”, destacou o titular do GIH.
Depoimento e Confissão
Em depoimento, Jokassa e Jonathan confessaram participação no duplo homicídio e afirmaram que toda a trama criminosa foi articulada pela mãe deles, Simone Evangelista da Silva, que também acabou presa. Eles e Rafael responderão por duplo homicídio qualificado, e, se condenados à pena máxima, podem passar mais de 25 anos na cadeia.
Um ex-policial militar que vive com Jokassa e que teve a camionete danificada por Iago também foi preso temporariamente. No entanto, ainda não há comprovação de que ele teria participado do duplo homicídio.