Família fica revoltada após morte de motociclista levado por enxurrada

Família fica revoltada após morte de motociclista levado por enxurrada

O motociclista Warley Melo Adorno, de 22 anos, morreu após ser arrastado pela enxurrada na Avenida C-107 perto da ponte do Córrego Cascavel, nesta segunda-feira, 30.  A vítima caiu no córrego depois de tentar segurar a moto que tinha acabado de tirar da oficina.  A família do jovem está revoltada devido à falta de estrutura no local de alagamento, o rapaz passou pelo vão das grades da ponte. O Jardim América é conhecido por inundar durante as chuvas. 

“Ninguém faz nada”, disse a irmã de Warley. “Pelo local, a gente fica revoltado, porque se tivesse uma grade não tinha acontecido isso”, contou a prima.

A moto foi encontrada depois, presa ao guard rail da ponte. O corpo de Warley foi encontrado preso em uma torre de energia a cerca de 6 metros do nível do rio nesta terça-feira, 31, pelo irmão que participava das buscas.

O velório do jovem começou nesta terça-feira, 31, em uma funerária de Aparecida de Goiânia. Além de familiares e amigos, diversos motociclistas que se sensibilizaram com a morte do jovem foram ao local.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) disse que são realizados monitoramentos frequentemente nos pontos de alagamentos e feita limpeza periódica das bocas de lobo. O órgão justificou que o guard rail é para que veículos não caiam ou sejam arrastados para a margem, não são projetados para contenção de pedestres e motociclistas.

Questionado se há previsão de modificações e obras no local para evitar que motociclistas e pedestres possam ser arrastados, o secretário de Infraestrutura Denes Pereira Alves disse que equipes estão na região para avaliar o que pode ser feito para melhorar.

Orientações para dias chuvosos:

  • A orientação neste tipo de caso é para que os motoristas não se arrisquem e busquem outras rotas;
  • Evitar sair de casa quando ocorrerem chuvas fortes;
  • Ficar longe da rede elétrica;
  • Evitar andar nas águas de enchentes;
  • Não deixar as crianças brincarem nestas águas;
  • Em caso de restrição de visibilidade, o motorista deve diminuir a velocidade, sem freadas bruscas.

Confira momento que Warley Melo é arrastado:

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos