Família Staub, proprietária da Gradiente, propôs um acordo de 500 mil reais com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que acabou sendo negado. Quatro membros do clã, que anteriormente lideraram uma das maiores fabricantes nacionais de eletrônicos, estão envolvidos no processo. A CVM recusou a proposta que visava encerrar um processo sancionador contra os quatro integrantes da família Staub e um ex-diretor da IGB Eletrônica, empresa dona da extinta Gradiente.
O clã, responsável por comandar uma das maiores fabricantes nacionais de eletrônicos, está sob investigação devido à falta de transparência no processo de declínio da empresa. Em 2023, a companhia retirou suas ações da bolsa e fechou o capital após um longo processo de recuperação judicial. O processo da CVM afeta Ricardo Staub, diretor-presidente da empresa, Eugênio Staub, presidente do conselho, as conselheiras Celina Staub e Elizabeth Staub, e Moris Arditti, executivo da Gradiente. As ofertas feitas pelos envolvidos totalizam 532.500 reais, sendo a maior delas de 150 mil reais feita por Eugênio.
Durante a análise da proposta, o colegiado da CVM concordou com o Comitê de Termo de Compromisso ao concluir que um acordo com os acusados não seria viável devido à gravidade das condutas. Além disso, os valores propostos foram considerados insuficientes para desencorajar práticas semelhantes. Em um caso anterior, Ricardo Staub se comprometeu a não ocupar cargos na administração de empresas abertas por dois anos e pagou 672 mil reais à CVM para encerrar um processo no qual era acusado de ocultar informações sobre um acordo entre a Gradiente e o BTG.
Ao recusar a proposta da família Staub, a CVM reforça seu compromisso com a transparência e a conduta ética no mercado financeiro. As ações dos membros do clã e do ex-diretor da IGB Eletrônica estão sob escrutínio devido à gravidade das acusações de falta de transparência. A recusa da CVM em aceitar o acordo proposto demonstra sua determinação em punir condutas inadequadas e manter a integridade do mercado de capitais.
A situação envolvendo a família Staub e a IGB Eletrônica é um exemplo dos desafios enfrentados no ambiente corporativo, destacando a importância do cumprimento das leis e regulamentos do mercado de capitais. A atuação da CVM nesse caso destaca a importância da fiscalização e aplicação de sanções adequadas para promover um ambiente de negócios justo e transparente. Ao buscar responsabilizar os envolvidos, a CVM reforça sua missão de proteger os investidores e garantir a integridade do mercado financeiro no país.