Família teme que mulher que matou marido procure filhos, em Anápolis

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Familiares de João Victor Lopes de Souza, de 29 anos, que foi assassinado pela esposa em abril, na Bahia, estão assustados após a mulher, de 36 anos, ir até Anápolis, a 55 km de Goiânia, e tentar contato com os filhos do casal. Com medo, após receberem ligações e mensagens dela e do pai dela, eles chegaram a registrar um Boletim de Ocorrências. Ela matou o marido com golpe de faca.

Synara Machado, mãe de João Victor, é quem cuida dos netos, de três e cinco anos, em Anápolis, desde o ocorrido. De acordo com ela, a mulher diz que sofre sem os filhos. No entanto, Synara afirma que as crianças estão traumatizadas e que fazem tratamento psicológico.

“Eles questionam se a mãe está escondida para não ser presa. Já perguntaram se ela virá matá-los”, disse Synara ao Portal 6.

Ainda segundo a avó das crianças, a mulher divulgou nas redes sociais que está na cidade e, isso, está tirando a paz dela.

Synara ainda não tem a guarda dos netos concedida pela Justiça, mas o processo está em andamento. Entretanto,o Conselho Tutelar, já determinou que a mãe não pode ficar com as crianças. Ainda segundo Synara, até o momento, a mulher só tentou contato por telefone.

Entenda o caso:

João Victor foi morto a facadas pela esposa após uma discussão, em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. No dia seguinte, a mulher foi até a delegacia e confessou o crime.

De acordo com ela, a briga foi motivada por ciúmes, e que, inclusive, o casal já havia se desentendido antes de voltar para a casa, enquanto visitava uma amiga. Ela se apresentou na delegacia com dois advogados e foi liberada após prestar depoimento.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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